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Os bancos têm condições financeiras de sobra para atender às demandas doa categoria.Foto/Leandra Haerdrich.

Greve cresce e chega ao 11º dia maior que no ano passado

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Em ascensão contínua desde a sua deflagração, dia 6 de setembro, a greve nacional dos bancários encerrou a segunda semana nesta sexta-feira 16 com 12.727 agências e 52 centros administrativos fechados nos 26 estados e no DF, transformando-a na maior paralisação da categoria das duas últimas décadas. Desse total, 1.829 agências estão localizadas nas bases dos 12 sindicatos filiados à Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN). Isso significa que a greve este ano já é maior que a do ano passado no mesmo período

No 11º dia da paralisação da campanha nacional de 2015, que também vinha crescendo como acontece este ano, os bancários haviam fechado 12.277 agências e 44 centros administrativos no Brasil inteiro, sendo 1.372 unidades na região Centro Norte.

tabela-da-paralisacao-16-de-setembro“A greve cresce mesmo com a tentativa de alguns bancos de ameaçar seus trabalhadores, enviando ordens aos administradores para que as agências fossem abertas a qualquer custo. É mais uma demonstração da força da categoria bancária e um recado inequívoco de que ela não vai aceitar um acordo com reajuste abaixo da inflação em troca de abono. No ano passado os banqueiros vieram com essa mesma estratégia e os bancários forçaram com sua mobilização a Fenaban a manter a política de aumento real de salário dos últimos 12 anos”, compara José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional dos Bancários.

A Fenaban apresentou no dia 9 de setembro, sexta rodada de negociação, a proposta rebaixada de 7,0% de reajuste, o que significa 2,29 pontos percentuais abaixo da inflação, e abono de R$ 3.300 em única parcela, além de ignorar completamente as reivindicações dos bancários sobre preservação do emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

Mais duas rodadas de negociação foram realizadas nesta última semana, na terça-feira 13 e na quinta-feira 15, mas os banqueiros não alteraram um milímetro de sua proposta rebaixada. E não há nova reunião agendada.

“Os bancos têm condições financeiras de sobra para atender às demandas doa categoria. Somente os cinco maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre. A mobilização está crescendo junto com a indignação dos bancários, que sabem fazer contas e percebem que reajuste abaixo da inflação, mesmo com abono, traz prejuízos presentes e futuros porque reduz salário, 13º, férias, todos os auxílios, FGTS e aposentadoria, além de representar um precedente perigoso não somente para a categoria mas para toda a classe trabalhadora”, acrescenta Avelino.

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