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Tarefa mais imediata é organizar a greve do dia 28 contra a reforma da previdência e outros ataques aos trabalhadores. Foto/Manoel Façanha

Congresso da Fetec-CUT/CN aprova plano de ação para a próxima gestão

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Os 148 delegados e delegadas presentes ao 10º Congresso da Fetec-CUT/CN, que está sendo realizado em Cuiabá, aprovaram nesta terça-feira 18 o plano de ação para a gestão que comandará a Federação no quadriênio 2017/2020, que terá como tarefa imediata organizar a greve geral do dia 28 contra a reforma da previdência e outros ataques do governo ilegítimo de Michel Temer e em defesa dos direitos dos trabalhadores. O Congresso se encerra nesta quarta-feira 19, com a aprovação de um plano de lutas e a eleição da nova direção da entidade.

Nesta terça, segundo dia do encontro, os delegados fizeram ainda o balanço da gestão 20014/2017 e aprovaram a prestação de contas da entidade e o novo estatuto da Federação, além de discutirem o conteúdo do caderno de subsídios preparado pela Fetec-CUT/CN, que trouxe um panorama do sistema financeiro nacional, as mudanças rápidas que ocorrem no setor em razão da introdução de novas tecnologias, o que afeta o emprego, além de muitos dados sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho, segurança bancária, as campanhas nacionais do último período e as conquistas da categoria, o papel dos bancos públicos e a luta dos bancários por igualdade de oportunidades.

PARIDADE: Durante o debate sobre o novo estatuto foi aprovado, por unanimidade, a paridade na direção da Fetec-CUT/CN a partir do próximo congresso.

Os principais pontos do plano de ação aprovado pelo 10º Congresso é o seguinte:

• Só a luta vai barrar a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores. A Fetec-CUT/CN e os sindicatos filiados devem desenvolver esforço máximo na organização e realização da greve geral de 28 de abril, não apenas na mobilização da categoria bancária, mas também se juntar com sindicatos de outras categorias e com os movimentos sociais e ir pras ruas convencer os trabalhadores e a sociedade a lutarem por seus direitos e a combaterem o governo golpista.

• O acordo de dois anos com a Fenaban permitirá que as entidades sindicais bancárias dediquem mais tempo na discussão e mobilização de temas urgentes para a categoria (como defesa do emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança bancária) e na organização sindical e dinamização da ação da Fetec-CUT/CN, não apenas em nossa base territorial mas contribuindo ainda mais no debate nacional, por exemplo dentro da Contraf-CUT e do Comando Nacional dos Bancários.

• Nesse sentido, a Fetec-CUT/CN deve fortalecer a atuação das Comissões de Empresa por banco e dos coletivos temáticos no âmbito da Federação, fazendo pesquisa junto aos dirigentes e junto aos bancários, para que se faça radiografia completa da região, além de criar fórum ordinário de articulação das COEs e dos coletivos, com reuniões a cada quatro meses para discutir de forma conjunta a estratégia e os planos de ação. Finalizar o Congresso com a indicação de no mínimo um nome de cada sindicato que serão integrantes de cada coletivo (Ramo Financeiro, Juventude, Comunicação, Saúde etc…).

• Ampliar o debate e fortalecer os coletivos de juventude.

• Ampliar o debate político sobre conjuntura nas diretorias da Federação e dos sindicatos e produzir material de comunicação sobre temas conjunturais, para fazer a disputa ideológica com o capital e seus portavozes da grande mídia monopolista.

• Buscar a aproximação com a sociedade em cada base sindical.

• Fortalecer o debate sobre a questão do crédito na região Centro Norte, uma vez que ela sedia vários bancos públicos federais e estaduais. Constituir Grupo de Trabalho envolvendo todos os sindicatos da base para elaborar projeto de fortalecimento dos bancos públicos e da importância do crédito no desenvolvimento econômico e socioambiental da região.

• Da mesma forma, criar GT com participação de todas as entidades filiadas para discutir o SFN e a construção do ramo e definir estratégia para buscar a representação e fazer a defesa dos trabalhadores das financeiras, correspondentes bancários etc..

• Instituir fórum de discussão e proposição de políticas públicas na região Centro Oeste (transporte, moradia, educação, saúde, crédito etc.), numa parceria entre a Fetec-CUT/CN, as CUTs estaduais (vários de seus presidentes são bancários) e os movimentos sociais da nossa base territorial. Esse fórum também será importante para articular as mobilizações em defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Ampliar a participação das mulheres na direção foi aprovada por unanimidade. Foto/Manoel Façanha
Durante o congresso, foi aprovada a ampliação da participação das mulheres na direção foi aprovada por unanimidade. Foto/Manoel Façanha

• Fortalecer o projeto de formação sindical dos dirigentes, delegados sindicais e militantes, instituindo a formatação de cursos online. A formação precisa tomar contornos de resistência e esperança, de construção de dignidade no trabalho e de cidadania. Com diretrizes classistas e democráticas, considerando os recortes de raça, gênero, orientação sexual, juventude, emprego e desemprego, meio ambiente, saúde, solidariedade de classe. Os temas que devem ser contemplados no projeto formativo da Fetec-CUT/CN são os seguintes:

– Organização social e luta de classes;

– Capitalismo e trabalho;

– Formação da classe trabalhadora no Brasil;

– Contribuição dos conceitos anarquistas, comunistas, socialistas, trabalhistas na formação do movimento operário e sindical brasileiro;

– Sindicalismo brasileiro nos diversos períodos históricos;

– Novo sindicalismo e criação da CUT;

– Organização e Representação Sindical de Base;

– Sindicatos: papeis, planejamento e gestão;

– Organização e Representação Sindical de Base;

– Sindicato, relações de trabalho e sistema financeiro;

– Reestruturação, terceirização e condições de trabalho;

– Negociação Coletiva;

– Disputa da hegemonia na sociedade: comunicação, linguagem, redes sociais, tecnologias digitais, oratória;

– Formação de formadores (multiplicadores) sobre políticas públicas e sociais, como paternidade responsável, por exemplo.

• Realizar estudo dos efeitos das novas plataformas (digitais) e das reestruturações, na saúde do trabalhador bancário.

• Formação referente à saúde do trabalhador bancário, combate à depressão, portadores das doenças mentais e psicossomática, “Avanços das Plataformas Digitais x LER DORT”.

• Propor aos sindicatos mapa de afastamento dos bancários em dois pontos: afastamento mentais e afastamentos por “LER/DORT”.

• Ações de comunicação instrumentos: redes sociais, rádios, carros de som, rua.

• Promover estudo localizado nas causas mais urgentes ou emergentes.

• Promover o fortalecimento das ações coletivas (políticas públicas).

• Realizar minicursos do Seminário sobre a Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e outros temas de relevância para a classe trabalhadora.

• Cobrar o INSS através de documento pelo cumprimento do NTP (Nexo Técnico Previdenciário).

• Cobrar a execução das ações regressivas, que está na lei 8.213, que trata da negligência pela empresa em acidente de trabalho, a mesma deve ressarcir os cofres do INSS.

• Promover estudo Incorporação da realidade Bradesco e HSBC.

• Promover Encontro de Mulheres.

• Promover pesquisa qualitativa para construir o seminário de mulheres.

• Participação das mulheres nos cargos mais relevantes.

• Investir na formação das mulheres bancárias.

• Fortalecer a Secretaria de Mulheres. Disponibilizando recursos para formação feminista na base da Fetec.

• Aprofundar também as discussões dos temas indígenas, quilombolas, LGBT, étnicos raciais e geracionais e pessoas com necessidades especiais.

• Orientar a contratação de jornalistas para assessoria de comunicação nos sindicatos em tempo real.

Fonte: Fetec-CUT/CN