Foi realizado no período de 23 a 25 de abril no Centro Cultural Adamastor, no município de Guarulhos (SP), a 1ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da CUT. Segundo Junéia Martins Batista, secretária da CUT Nacional responsável pela área, o objetivo central do evento foi buscar elementos de consolidação da política de Saúde do Trabalhador da CUT.
Participaram 150 delegados de todos os estados e ramos filiados à CUT, os quais debateram nos três dias da Conferência propostas para contribuir com avanços da referida temática.
O diretor de Saúde do SEEB/AC, Ezequiel Drumond, esteve presente nos debates, avaliando de forma positiva a conferência.
– Foi uma iniciativa importante e, ao mesmo tempo, histórica para a categoria consolidar a política de saúde em nível nacional, explicou Ezequiel.
Ezequiel afirmou que vários setores macroeconômicos do nosso país estiveram presentes à conferencia a fim de estudar as estratégias de implementação, ação institucional, estrutura e funcionamento da política de saúde do trabalhador da CUT.
Por outro lado, para o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale, a 1ªConferência Nacional de Saúde do Trabalhador/a da CUT acontece em um momento muito importante.
“Temos pela frente situações que vão interferir diretamente na vida de milhares de trabalhadores, como o novo modelo de perícia médica proposta pelo INSS, a nova proposta de reabilitação profissional também do INSS e o futuro da CT-SST (Comissão Tripartite – Saúde e Segurança no Trabalho) que discute e define as políticas para a saúde dos trabalhadores”, ressaltou Walcir.
Os resultados da 1ª Conferência impulsionarão as ações dos sindicatos para ajudar a conscientização dos trabalhadores de que os problemas de adoecimento e acidentes de trabalho se originam nos conflitos entre o capital e o trabalho, e somente serão superados com a participação dos próprios trabalhadores.
VEJA ALGUMAS PREOCUPAÇÕES
• Ausência de uma política eficaz de comunicação destinada aos trabalhadores para conscientizar de seus direitos. Mesmo século 21 podemos afirmar que a comunicação continua precária, não por falta de tecnologia mas, sim, por falta de pleno interesse de algumas categorias, onde destacamos trabalhadores da área de agricultura e serviço público.
• Com o capital oriundo de empresas (empregador) pode- se financiar as OLTs. O desafio agora será como reverter essa situação de quem faz ou financia as leis trabalhistas do nosso país em favor da classe empresarial.
• Na categoria bancária as principais doenças pelas quais sofremos: estress, Ler/Dort, doenças mentais, cardiovasculares, intestinais e dentre outras que foram relacionadas na sistematização de trabalho em grupo.