No dia 28 de agosto de 1964 foi consagrado Dia do Bancário, em homenagem à greve dos bancários do São Paulo em 1951. Desde então, os sindicatos de vários estados vêm tentando tornar esta data feriado para a categoria. No Piauí, o projeto de lei de autoria da deputada estadual Flora Izabel (PT) em parceria com o Sindicato dos Bancários do Piauí, que torna feriado bancário o dia 28 de agosto, foi sancionado pelo governador Wellington Dias no dia 26 de agosto.
A conquista pelo feriado vem de uma luta que teve início em 1990, na gestão de Wellington Dias como presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí (1989-1992). O sindicato resgatou uma lei municipal sancionada pelo prefeito da época, Jusus Tajra, mas o Banco Central interviu, com a alegação de que o município não teria autoridade para legislar sobre os bancos.
Dia do Bancário
A origem do Dia do Bancário ocorreu na vitoriosa greve de 1951, que começou no dia 28 de agosto e durou 69 dias. Os trabalhadores de São Paulo foram os únicos a manter as reivindicações e não aceitaram a proposta inicial dos bancos de 20%. Acabaram conquistando 31% de reajuste, além de colocar em xeque a lei de greve do governo Dutra e de lançar as bases para a fundação do Dieese.
No Acre, a história do movimento sindical bancário teve início na década de 1980. Neste período, os bancos presentes no território acreano registraram mais de 2 mil bancários, hoje o setor emprega cerca de 1100 profissionais. No final dos anos 1990 o fechamento do Banco do Estado do Acre (BANACRE) contribuiu sensivelmente para o encolhimento da categoria no território acreano.
Para o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edvaldo Almeida (Neném), é essencial que o Dia do Bancário se torne feriado também no Acre. Segundo ele, essa seria uma atitude a qual reconheceria o trabalho dos profissionais da área bancária do estado. “A gente queria uma data dedicada ao Dia do Bancário. Um profissional que é bastante sacrificado de segunda a sexta-feira pela carga horária excessiva de trabalho, associado à responsabilidade. Portanto, gostaríamos que, ao menos uma vez ao ano, o Dia do Bancário fosse uma data dedicada exclusivamente a bancário”. disse.
Neném explica ainda que a data serviria não somente de festa, mas também de reflexão.“A gente queria fazer um churrasco, um café da manhã, um almoço em uma chácara, passar um dia reunido com o bancário e suas famílias para festeja e refletir sobre os problemas da categoria.”, enfatiza o vice-presidente.
Nas eleições de 2014, quando concorreu ao cargo de deputado estadual, Neném teve como uma das propostas de campanha, tornar o Dia do Bancário feriado estadual. Para o vice-presidente do sindicato, é importante que os bancários tenham uma representatividade político que entenda da rotina e necessidades da classe.“Nós precisamos ter um deputado representando a classe bancária, que é uma classe muito sofrida. E, penso eu, que um candidato bancário tem mais conhecimento sobre a categoria e, eleito, irá saber reivindicar os interesses da categoria. Entendo ainda que, muitas leis que alguns deputados apresentam e aprovam, achando que vão beneficiar os bancários, não surti o beneficio desejado. Um exemplo disso é a lei dos 15 minutos de descanso. Eles achavam que iam ajudar as mulheres bancárias, mas, na realidade, prejudicaram.” explica.