Depois de ficarem 25 dias em silêncio, a Fenaban apresentou nesta terça-feira 20 ao Comando Nacional dos Bancários, no 15º dia da greve nacional da categoria, uma nova proposta em que aumenta para 7,5% o índice de reajuste salarial, mas que está longe de repor a inflação de 9,8% do período, e ainda retira o abono de R$ 2.500 proposto anteriormente e ignora as reivindicações sociais. O Comando Nacional, que tem a Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) entre seus integrantes, rejeitou a proposta já na mesa de negociação e orienta os sindicatos a intensificarem a greve em todo o país, que já é a maior das últimas duas décadas.
As negociações prosseguem nesta quarta-feira (21) às 11 horas, no Hotel Maksoud Plaza em São Paulo.
“Essa proposta é uma provocação e um desrespeito aos bancários. Vamos aumentar a greve em todo o país, que é a única linguagem que os banqueiros entendem, para conquistar aumento real de salário e as reivindicações por emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades”, critica afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional dos Bancários.
“Os banqueiros culpam a crise para apresentar uma proposta tão ruim e indecente. Mas isso é uma mentira. Não existe crise no sistema financeiro. Só os cinco maiores bancos tiveram lucro de R$ 36,3 bilhões apenas no primeiro semestre, que é 27,3% maior que no ano passado. É a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, construída em grande parte pelo trabalho e pela produtividade dos bancários”, acrescenta.
Fonte: Fetec-CUT/CN