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Em assembleia na Praça Povos da Floresta, bancários decidem o fim da greve.

Greve arranca 10% de reajuste no salário e 14% no ticket

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Na busca de arrancar uma melhor proposta salarial por parte da Fenaban, bancários dos bancos públicos e privados da capital Rio Branco e demais municípios acreanos ficaram em greve por três semanas.

Ao final das negociações, a Fenaban, que havia proposto reajuste de apenas 5,5% e mais um abono de R$ 2.500, teve que mudar de postura e, sentindo-se ameaçada por quase 13 mil unidades fechadas em todo país, apresentou uma proposta de 10% de reajuste no salário e demais verbas, além de 14% no ticket alimentação e refeição.

ASSEMBLEIAS

A proposta foi levada à categoria em assembleias realizadas dia 27 de outubro. Os funcionários do setor privado e Banco do Brasil aceitaram a proposta patronal, mas os empregados da Caixa refutaram a proposta e somente na assembleia do dia 28 outubro resolveram por fim ao movimento e retornar ao trabalho no dia seguinte.

No mesmo dia, após negociações ocorridas na cidade de Belém-PA, envolvendo o movimento sindical e a direção do Banco da Amazônia, seus funcionários aceitaram a proposta da empresa e, assim, retomaram ao trabalho no dia seguinte. Tanto na assembleia da Caixa como na realizada pelos funcionários do Banco da Amazônia, três propostas foram postas para apreciação: a de aprovação pelo fim do movimento, a de abstenção e a de rejeição, ou seja, pela continuidade do movimento.

Venceu, por maioria dos votos, em ambas as assembleias, a proposta de abstenção, o que para a categoria significa um ato de protesto, já que não se optou pela aprovação nem pela rejeição.

COMO FOI A GREVE NO ACRE

No primeiro dia de greve, contabilizou-se 49 unidades paralisadas, das 58 fechadas no Acre. No pique da greve contabilizou-se 53 unidades paralisadas em todo o Estado. Uma mobilização considerada bem positiva pela direção do Sindicato.

Nestas três semanas de movimento paredista, aspectos importantes ocorreram, como foi o caso do fechamento da unidade do Bradesco de Cruzeiro do Sul, fato inédito para a história do movimento sindical bancário.

A diretora sindical Pamela Natascha, funcionária do Bradesco, teve papel importante para a unidade aderir ao movimento nacional por melhores salários e condições de trabalho. Na capital, a greve foi tranquila e contou com o apoio da sociedade. Os meios de comunicação se fizeram presentes para esclarecer os clientes e usuários a respeito das negociações e possibilidade de retorno ao trabalho.

AVALIAÇÃO DO PRESIDENTE

Na avaliação do presidente Edmar Batistela, presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, a Campanha Nacional do Bancários 2015 demostrou mais uma vez força da categoria. De acordo com ele, a paralisação de três semanas fez os banqueiros aumentarem sua oferta de reajuste salarial, saindo do patamar rebaixado de 5,5% para uma proposta de 10% de reajuste em todas as verbas e 14% nos tickets.

Batistela ressalta ainda que o movimento fez a maior greve na história, principalmente nas unidades acreanas, paralisando mais 90%. Por fim, o dirigente faz questão de dividir os méritos da mobilização com a categoria.