Permaneceu o impasse na terceira rodada de negociação específica da Campanha Nacional dos Bancários de 2018 com o Banco da Amazônia, realizada nesta segunda-feira dia 20 de agosto, em Belém, pela Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), os sindicatos do Pará e de Rondônia e a Contraf-CUT. As entidades reiteraram o pedido de assinatura do pré-acordo, para resguardar os direitos dos empregados do banco até a assinatura do novo Acordo Coletivo de Trabalho. O Banco da Amazônia negou o pedido e disse que irá aguardar o desfecho da mesa da Fenaban, que continua em São Paulo nesta terça-feira 21.
A rodada desta segunda centrou no tema saúde. Porém, o banco apresentou apenas um diagnóstico sobre o Programa Saúde Amazônia com dados de empregados da ativa e aposentados participantes do programa, além de simulações de modelos de planos de saúde coletivos por adesão ou empresarial. Mas não apresentou nenhuma proposta concreta para melhorar nem a assistência à saúde, nem o reembolso aos empregados com o custeio do plano de saúde.
As partes voltam à mesa de negociação na manhã dessa terça-feira (21), às 9 horas, para apresentação de proposta por parte do banco.
“A postura do Banco da Amazônia em não assinar o pré-acordo é muito ruim e contraria a política de negociações com a nossa categoria que vinha sendo construída nos últimos anos. Além disso, o banco vem usando a mesa de negociação apenas para simulações, sem a apresentação de propostas concretas para serem analisadas. Esperamos que na reunião dessa terça-feira (21) possamos receber uma proposta que possa ser avaliada pela categoria”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.
“Mais uma vez o Banco da Amazônia frustra a categoria e não apresenta proposta após dois meses de silêncio, desrespeitando seus funcionários, o mais importante patrimônio dessa instituição financeira estratégica para o desenvolvimento da região Norte do país. Esperamos que isso mude e que o banco assuma uma postura efetiva na mesa de negociação”, destaca o presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos, que participou da negociação desta segunda-feira 20.
“O tema saúde é uma das prioridades para os bancários e bancárias do Banco da Amazônia e exige, por parte do banco, uma postura efetiva no sentido de melhorar as condições de trabalho, a qualidade de vida dos empregados, além da assistência à saúde e o reembolso com plano de saúde, o que tem onerado muito o bolso dos empregados do banco. Esperamos que na próxima reunião possamos ter uma proposta concreta para esse assunto”, ressalta a diretora executiva da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.
“O Banco da Amazônia cai em contradição quando diz reconhecer o tema saúde como um dos pontos mais importantes para a empresa, mas não traz proposta concreta para a mesa de negociação. Na verdade nós não temos tido avanços nas mesas específicas que realizamos até agora com o banco, parece que estamos nos reunindo somente para ‘cumprir tabela’ e não é isso o que queremos. Queremos sim soluções para as nossas reivindicações e isto o Banco da Amazônia está nos devendo até agora nessa Campanha Nacional”, pontua o diretor do Sindicato e da Fetec-CN, Sérgio Trindade, que é empregado do Banco da Amazônia.
Os trabalhadores foram representados nessa rodada de negociações pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Pará Gilmar Santos e pelos dirigentes Suzana Gaia e Ronaldo Fernandez, ambos empregados do banco; pela dirigente do Sindicato dos Bancários de Rondônia Tatiana Moura, também empregada do banco; pela diretora executiva da Contraf-CUT Rosalina Amorim, pelo presidente da Fetec-CN Cleiton dos Santos e pelo dirigente da Federação, Sérgio Trindade, além do assessor jurídico do Sindicato, Fernando Galiza.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Seeb PA