Belém-PA – Os empregados e empregadas do Banco da Amazônia reunidos em seu 5º Congresso Nacional realizado no último sábado, dia 15 de junho, no hotel Golden Tulip, em Belém, definiram a minuta de reivindicações para a Campanha Nacional 2013, a qual referenda a minuta do ano passado com diversos adendos em relação à remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho.
Bancários e bancárias do Pará, Amapá, Rondônia, Roraima, Acre, Brasília, Maranhão estiveram no evento e trouxeram importantes contribuições de seus Estados para os debates e construção da minuta. Dentre as reivindicações aprovadas, destaque para: a luta por equiparação da remuneração dos empregados do Banco da Amazônia com a dos demais bancários e bancárias de bancos federais, tendo o BNB como parâmetro; lutar por um novo PCS; fazer com que o Banco da Amazônia enquadre sua política de plano de saúde de acordo com as normas da Agência Nacional de Saúde (ANS) e garanta o aumento do reembolso de seus empregados no custeio do mesmo; não a implementação da Lateralidade; garantia de oportunidade ao pessoal do Quadro de Apoio de disputar cargos comissionados; efetivar a mesa permanente de negociação após as Campanhas Nacionais, entre outras.
Na abertura do Congresso, o secretário de organização da Contraf-CUT Miguel Pereira parabenizou a participação de todos e todas e afirmou que a Confederação estuda uma mudança de tática em relação a realização dos encontros e congressos específicos dos bancos, tendendo esses a ocorrerem logo após o encerramento das Campanhas Nacionais, como forma de aproveitar o grau elevado de mobilização dos trabalhadores para participar desses espaços e seguir em luta permanente por avanços trabalhistas.
Ele falou também sobre a recente mobilização da CUT em Brasília que conseguiu barrar a votação do Projeto de Lei 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que prevê a regulamentação das terceirizações e a precarização das relações de trabalho no país. Miguel Pereira enfatizou a importância de a Contraf-CUT e suas federações e sindicatos filiados fortalecerem as mobilizações contra esse PL que representa um golpe para a classe trabalhadora.
O vice-presidente da Fetec-CUT/Centro Norte e diretor do Sindicato do Pará, Sérgio Trindade ressaltou a importância de fortalecer a unidade e mobilização da categoria no Banco da Amazônia para a Campanha Nacional desse ano, principalmente em torno da bandeira de luta por um novo PCS.
A mesma opinião foi compartilhada pelo vice-presidente do Sindicato, Marco Aurélio Vaz, que também incluiu a luta contra a Lateralidade como uma das prioridades para os empregados e empregadas do banco na Campanha 2013.
A AEBA também participou da mesa de abertura, representada pelo diretor Marlon George.
Após a abertura e aprovação por unanimidade do regimento interno do evento, o debate de conjuntura teve a contribuição do técnico do DIEESE Pedro Tupinambá, que palestrou sobre Conjuntura Econômica e Negociação Coletiva dos Bancários, com enfoque para a realidade do Banco da Amazônia
Em seguida o plenário dividiu-se em grupos de trabalho sobre remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho, onde todos e todas tiveram a oportunidade de intervir e propor encaminhamentos para a construção da minuta. O resultado dos debates nos GT’s foi aprovado por aclamação pelo plenário, assim como uma moção de repúdio ao PL 4330.
A minuta 2013 dos empregados do Banco da Amazônia será sistematizada pelo Sindicato dos Bancários do Pará e Contraf-CUT e depois será disponibilizada para toda a categoria através dos canais de comunicação das entidades sindicais.
Avaliação
Para a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, “A realização do 5º Congresso do Banco da Amazônia marca a arrancada da categoria para mais uma Campanha Nacional específica na instituição, por isso o momento agora é de unificar e mobilizar os trabalhadores para lutar por melhores salários e condições de trabalho decentes no Banco da Amazônia”.
Para o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz, “os debates realizados durante o evento foram muito positivos, assim como a participação de colegas de vários municípios do Pará e de outros Estados, e saímos desse Congresso com as energias renovadas para fazermos mais uma Campanha Nacional forte e vitoriosa no Banco da Amazônia”.
O diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Rômulo Weyl enfatizou que “somente através da mobilização e organização dos bancários e bancárias do Banco da Amazônia será possível alcançarmos conquistas ao final da Campanha Nacional”.
E o também diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Cristiano Moreno, pontuou que “temos muitas questões que precisam de respostas objetivas do banco, mas é com a nossa luta que poderemos transformar o nosso sonho de dias melhores no Banco da Amazônia em realidade”.