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Café da manhã oferecido pelo sindicato marca Dia do Bancário na capital acreana

Com recorde de presentes, um café de manhã marcou nesta quarta-feira, no salão de festa do Hotel Pinheiro, as comemorações alusivas ao Dia do Bancário na capital acreana.

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Com a categoria já em negociação de dissídio coletivo, um grande número bancário atendeu o chamamento da direção do Sindicato e prestígio as atividades que contou com sorteio de camisetas e jantares
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, isso mostra apenas a disposição de luta da categoria, caso a Fenaban não apresente uma proposta global no próximo dia 05 de setembro que venha contemplar as reivindicações da categoria, explica ele.
Os banqueiros já sabem de nossas reivindicações. O setor é o mais lucrativo do país e nossas propostas estão dentro da realidade do setor. Portanto, se não houver respeito por parte de nossas reivindicações na rodada de negociação do próximo dia 05 de setembro, iremos chamar assembleia geral para paralisar as atividades bancárias por tempo indeterminado, avisa Batistela.
Nas unidades, os bancarios estão reclamando da sobrecarga de trabalho, assim como do número reduzido de empregados dentro das unidades. O fato está ocasionando adoecimento da categoria, onde stress é uma constante devido às cobrança por metas abusivas, além do assédio moral tão presente nas unidades.
– Com uma lucratividade alta graças ao empenho e dedicação dos bancários, as instituições financeiras deveriam valorizar seus empregados, pagando melhores salários, contratando mais mão de obra e respeitando os direitos dos trabalhadores, finaliza Edmar Batistela.

Veja aqui como foi o primeiro dia de discussão da rodada sobre remuneração.

PLR

A reivindicação dos bancários é de PLR equivalente a três salários mais valor fixo de R$ 5.553,12 e que não pode ser compensado nos planos próprios de remuneração variável.
O Comando argumentou que a cada ano diminui a massa salarial dos bancários e, como há falta de transparência nos balanços dos bancos, a categoria quer mudar a regra de forma a torná-la mais simples e fácil de compreensão.
Os dirigentes sindicais frisaram que os bancários querem maior percentual de distribuição da PLR, mais próximo do tamanho do lucro das empresas, e elevação dos tetos que limitam os valores a serem distribuídos. E cobraram dos bancos uma discussão séria sobre os PDDs, as provisões para devedores
duvidosos, cujos montantes os bancos vêm aumentando sem justificativa técnica, o que diminui a PLR. Com essas provisões, só os trabalhadores perdem.
Os representantes dos bancos descartaram a possibilidade de mudança de regra da PLR durante esta campanha nacional.

Auxílios-refeição, cesta-alimentação e creche/babá

A reivindicação dos bancários é aumentar os auxílios-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá para R$ 678,00, equivalente ao salário mínimo nacional.
Os representantes da Fenaban afirmaram que nos últimos anos reajustaram os auxílios acima da inflação e descartaram a elevação dos valores como querem os trabalhadores.
“Cobramos também a manutenção da cesta-alimentação para os afastados por doença ou acidente de trabalho até a alta do INSS e do médico do trabalho”, destaca Cordeiro. Hoje, o pagamento ocorre até 180 dias de afastamento. “É inaceitável que os bancos economizem sobre bancários que adoeceram no trabalho”, salienta.
Os negociadores da Fenaban ficaram de discutir o tema com os bancos.

Gratificação semestral

Os bancários reivindicam o pagamento de uma gratificação semestral de 1,5 salário para todos os trabalhadores nos meses de janeiro e julho. Alguns estados (RS, BA, PB e SE) e bancos em outros estados já pagam essa verba salarial há muitos anos, no valor de um salário.
A Fenaban, porém, negou a reivindicação, afirmando não haver sentido existir simultaneamente PLR e gratificação semestral, deixando claro que quer acabar com essa verba. Os dirigentes sindicais rebateram, dizendo que se trata de uma forma de valorização do trabalho dos bancários.

Auxílio educacional

O Comando reivindicou o pagamento de um auxílio educacional por todos os bancos, para empregados que estejam cursando ensino médio, graduação e pós-graduação. Várias instituições já concedem bolsas de estudo.
Os representantes da Fenaban negaram, alegando que o assunto deve ser discutido banco a banco. Os dirigentes sindicais insistiram na concessão do auxílio, pois significa qualificação da mão de obra, favorecendo bancários e bancos.

Parcelamento de adiantamento de férias

O que os bancários reivindicam é que, por ocasião das férias, a devolução do adiantamento feito pelo banco seja efetuada em até dez parcelas iguais e sucessivas, a partir do mês subsequente ao do crédito, sem acréscimo de juros ou correção de qualquer espécie. Vários bancos já efetuam parcelamentos.
Os negociadores da Fenaban vão levar a demanda aos bancos.

Previdência complementar

Os bancários reivindicam que todos os bancos instituam e patrocinem planos de previdência complementar fechados para todos os trabalhadores, com o objetivo de garantir a complementação de aposentadoria e pensão por morte e invalidez. Vários bancos já são patrocinadores de fundos para os seus funcionários.
Os representantes dos banqueiros, no entanto, disseram que esse é um tema para discussão banco a banco, como acontece com os planos de saúde, não sendo pauta da Convenção Coletiva.

Calendário de luta

Agosto
28 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 – Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
29 – Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
30 – Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 e 4 – Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC
5 – Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban

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