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Sindicato denuncia agressões a servidores em filas dos bancos e pede reforço da PM no Acre

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Aglomerações nas portas dos bancos se intensificam nesta segunda-feira (27). Antecipação dos pagamentos do município e estado dificultaram ainda mais atendimento.

Duas bancárias da Caixa Econômica Federal foram agredidas, na última semana, por clientes que não queriam respeitar as filas e normas de distanciamento social por causa da pandemia do novo coronavírus. As aglomerações são devido ao saque do auxílio emergencial de R$ 600.

As filas têm sido constantes nas agências tanto da capital quanto do interior, inclusive, nas lotéricas. Nesta segunda-feira, (27), as filas voltaram a ser ponto de aglomeração e as pessoas reclamaram da demora. Em alguns pontos a Polícia Militar orientou as pessoas a obedecerem o distanciamento social e a utilizarem mascaras.

“É confusão de fila, gente que quer ser atendida primeiro, ou que está na fila sem necessidade e quando o bancário informa que só está sendo atendida as questões emergenciais, a pessoa fica com raiva e parte para agressão”, informou o presidente do sindicato dos bancários (SEEB-AC), Eudo Raffael.


Sindicato denuncia agressões a servidores em filas dos bancos e pede reforço da PM no Acre — Foto: Quésia Melo/Rede Amazônica Acre

Raffael disse que a tendência é piorar, já que prefeitura e governo decidiram antecipar o pagamento dos servidores nesta semana. “As loterias têm filas quilométricas. A situação só piora e pode ter mais confusão, inclusive, entre os clientes”, pontuou.

Após a agressão das duas servidoras, o sindicato pediu reforço da PM, para auxiliar na organização. A PM informou que vai designar policiais para ficarem próximos as agências no horário de pico. Eles vão ficar do lado de fora de prontidão para que possam agir, caso seja necessário.

Nesta segunda, policiais estiveram nas filas orientando sobre a obrigação do uso de máscara e do distanciamento necessário.


Clientes se aglomeram em filas em agências no Centro de Rio Branco — Foto: Emerson Silva/Rede Amazônica Acre

Agressões

Eudo Raffael disse que uma das bancárias foi agredida a tapas e chegou a fazer um boletim de ocorrência e outra foi empurrada dentro da agência, mas preferiu não registrar ocorrência.

“Essa colega ficou em casa por causa do abalo emocional e depois fomos acompanhar o atendimento na agência Aquiri, no Bosque, e outra colega também foi agredida. Ela pegou uns empurrões, foi jogada na parede, mas ela não quis registrar a ocorrência”, contou.

O presidente do sindicato, disse que as agressões ocorreram porque as clientes não respeitaram as filas.

“Nos dois casos é porque não queriam respeitar as filas. Passaram direto pela fila, tentou entrar, a colega não permitiu. No primeiro caso, ela se direcionou a bancada que estava organizando a fila, pedindo o distanciamento e não perguntou nada e já chegou agredindo, empurrando, querendo ser atendida de qualquer jeito”, contou.


Tumulto também na agência do Bosque, em Rio Branco — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Filas

O presidente do sindicato disse ninguém está é imune à Covid-19, apesar de usarem os equipamento de proteção individual e pedem para que o decreto seja cumprido.

“A gente pede para a PM ajudar, inclusive, no atendimento governamental para manter a distância de dois metros entre as pessoas porque eles não cumprem e além de colocar a gente em risco na saúde física de ser agredido, corremos risco também na saúde em relação ao coronavírus”, concluiu.

Fonte: G1 ACRE


Policiais devem ajudar em horários de pico — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre