O segundo dia de greve bancária foi marcado pelo fechamento das três unidades do Bradesco na capital Rio Branco. O ato que não ocorria há quase dez anos.
Cedo da manhã, grevistas estavam na porta das três unidades banco, esclarecendo clientes e usuários a respeito da paralisação da categoria. Muitos clientes foram favoráveis à paralisação e ainda engrossaram o coro das reivindicações da categoria, solicitando a contratação de novos funcionários.
Com a adesão da maior unidade do Bradesco, agência Rio Branco, somando ao fechamento da agência de Mâncio Lima, o total de unidades paralisadas no território acreano chega 29, duas a mais que a registrada no primeiro dia de greve.
O diretor sindical Marcos Antonio, funcionário do Bradesco, falou da importância do fechamento das três unidades do Bradesco.
– Parar o Bradesco não é nada fácil, mas independente das dificuldades o importante é que nesta sexta-feira as três unidades ficaram fechada ao público, apenas com os serviços essenciais funcionando, assim contabilizando importante adesão no calendário de unidades com suas atividades paralisadas, explica Marcos Antonio.
Nesta sexta-feira, a categoria mostrou forte mobilização. A Cidade de Deus, maior concentração de trabalhadores do ramo financeiro de São Paulo, Osasco e região, pararam. O centro administrativo, do Bradesco, em Osasco, possui cerca de 15 mil funcionários entre bancários e terceirizados.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, o quadro de greve cresceu nesta sexta-feira, acreditando que possa crescer ainda mais nos próximos dias.
Batistela aproveitou para prestar uma informação importante a sociedade, ao informar que os salários dos bancários subiram 58% nos últimos sete anos, enquanto o lucro dos bancos foi mais que o dobro no mesmo período: cresceu 120% de 2005 a 2012, passando de R$ 23,7 bilhões para R$ 52,1 bi.