Sem qualquer negociação agendada entre o comando nacional dos bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mais uma semana começa com as agências bancárias fechadas em Cruzeiro do Sul. A maior paralisação do setor, que chega hoje ao 12º dia, mantém a população dependente apenas dos caixas de autoatendimento, casas lotéricas e os bancos populares. Os grevistas estão arrecadando alimentos nas proximidades do Banco da Amazônia (Basa).
“A boa aceitação dessa campanha mostra que a população apoia o nossa paralisação”, disse o delegado sindical, Gutemberg Chaves, informando que o movimento já arrecadou mais de 50 quilos de alimentos. Para o sindicalista, a campanha é um serviço de cunho social e, ao mesmo, tempo de esclarecimentos sobre a paralisação. “Só temos que dá satisfação somente à população”, o completou.
Diante do impasse, os grevistas orientam os clientes para que eles não paguem multa nem sofram qualquer penalidade, caso não consigam realizar serviços nas agências bancárias por conta da greve. Frente aos lucros recordes das instituições financeiras, a categoria reivindica aumento de 12% no salário. No último dia 05, rejeitou proposta de reajuste de 6,1%.
Os sindicalistas avisam a quem tiver dificuldade no uso do boleto, nota promissória ou qualquer pagamento ou recebimento deve ligar imediatamente no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do banco. Após o registro, com o número do protocolo, deve registrar queixa no Banco Central (órgão que fiscaliza e garante o cumprimento da legislação do sistema financeiro). Concluído o procedimento, o banco tem cinco dias úteis para responder à ocorrência.