Hoje (30/11) os diretores sindicais Nilton Ademir e Graziele Monteiro, estiveram realizando uma visita nas agências bancárias do Banco Santander para dialogar com os funcionários do banco sobre problemas como: as demissões e as terceirizações.
Santander quer lucrar à custa de cortes de direitos trabalhistas e redução dos rendimentos dos trabalhadores
Os lucros sempre crescentes obtidos pelo Santander no Brasil não são suficientes para reduzir o ímpeto do banco espanhol, que está criando empresas para realocar seus funcionários das áreas de tecnologia da informação, call center e comercial, numa onda de terceirizações de serviços bancários para reduzir seus custos e aumentar ainda mais seus lucros.
“O banco terceiriza seus trabalhadores, retira direitos e salários, enquanto que o trabalho e as metas só aumentam. Além disto, o modo como tem implementado todo o processo escancara sua postura antissindical”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.
Os trabalhadores continuam realizando as mesmas tarefas, mas são registrados nestas outras empresas criadas pelo banco, com o único objetivo de deixar de pagar direitos conquistados pela categoria bancária.
“O banco interfere diretamente na organização dos trabalhadores e ignora o desejo deles de se manterem bancários”, disse Lucimara. O movimento sindical reivindica que os trabalhadores da First, da Prospera e da SX Negócios permaneçam sendo representados pelos sindicatos dos bancários, cobertos pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. “Queremos que o Santander Negocie de forma transparente e responsável”, concluiu a coordenadora da COE.
Mais trabalho, salário menor e menos direitos!
Com a criação de empresas e a realocação de bancários para trabalhar nelas, o Santander promove uma clara interferência na organização sindical dos trabalhadores. A categoria bancária é organizada nacionalmente e, por isso, tem força para lutar pelos direitos e por novas reivindicações dos trabalhadores. O banco busca enfraquecer a organização dos trabalhadores. E, com a realocação dos bancários nestas empresas, de cara, o banco sai ganhando. E o trabalhador perdendo. Veja:
F1RST
- O trabalhador cumpre 8 horas, mas não recebe o adicional pago aos bancários;
- Adicional noturno só depois da meia noite;
- Não tem Vale Alimentação;
- Não tem 13ª Cesta;
- PLR baseada na meritocracia, sem regra definida;
- Desconto de 6% no salário referente ao Vale-Transporte;
- Auxílio creche 13,7% menor do que do bancário e pago por um ano menos;
- Bolsas de qualificação profissional apenas para quem ver “performance diferenciada”
PROSPERA
- Vale Refeição 9,4% menor
- Vale Alimentação 16,1% menor
- Reajuste de 6,76% (bancários tiveram 10,97%)
- Piso salarial 26,3% menor
SX NEGÓCIOS
- Reajuste de 4,48% (bancários tiveram 10,97%)