Uma das experiências mais traumáticas da vida é perder o emprego sem justa causa. Torna-se ainda mais traumático quando se é um empregado público concursado com décadas de dedicação e esforço. É isso que a diretoria do BASA, na pessoa do seu presidente Valdecir Tose (que é empregado concursado como os demais) pretende fazer: DEMITIR COLETIVAMENTE CENTENAS DE TRABALHADORES SEM JUSTA CAUSA. A Diretoria sabe que isso não é legal, mas como sempre, não se importa com o que é legal.
É correto uma diretoria passageira, de um governo passageiro, alterar uma configuração de Estado? Em um cenário de crise econômica, inflação em alta e 13 milhões de desempregados e pra completar em meio a uma pandemia mundial? Temos certeza que não. Estamos diante de uma das maiores injustiças cometidas contra os empregados do BASA das últimas três décadas, desde as tentativas de privatização do FHC.
Este ano o BASA vai completar 80 anos, deve também anunciar um lucro recorde. O BASA não estaria completando 80 anos sem os milhares de trabalhadores e trabalhadoras que se dedicaram com seu trabalho ao longo de todos esses anos. Da mesma forma, se uma empresa obtém lucro e cumpre sua missão social, é obvio que isso ocorre apenas quanto conta com trabalhadores dedicados e competentes.
Risco de Jurisprudência
A Diretoria do BASA sempre foi mais agressiva que o Governo, quer fazer a maldade para provar para o SEST que pode fazer pior. Tenta justificar a medida discriminando e inferiorizando os demissionários, mas isso é apenas “cortina de fumaça” todos sabemos que o que a Diretoria realmente quer é a jurisprudência, a possibilidade de demitir empregados públicos concursados sem justa causa. Caso uma media como essa seja aprovada, a Diretoria passa a ter o poder de definir quem trabalha ou não na empresa. Quer ter o controle geral dos processos. O objetivo do presidente Valdecir é poder absoluto.