Mobilização teve reuniões em agências, tuitaço e colagem de cartazes para intensificar denúncias e exigir devidas apurações
Trabalhadoras e trabalhadores de sindicatos dos bancários de todo o país realizaram, nesta terça-feira (5), um Dia Nacional de Luta contra assédio moral e sexual. O objetivo dos atos sob a hashtag #BastaDeAssédio, que incluíram desde tuitaços até reuniões nas agências, com distribuição de materiais impressos, é intensificar as denúncias e exigir as devidas apurações junto aos órgãos responsáveis.
As manifestações foram desencadeadas após a divulgação na imprensa das denúncias de assédio sexual e moral que teriam sido praticadas por Pedro Guimarães, obrigando-o a pedir demissão da presidência da Caixa. “As entidades sindicais estão cobrando apuração, o acolhimento das vítimas e devida punição de quem pratica assédio moral e sexual”, destaca a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Exigimos não apenas a formação do quadro contra o assédio moral e sexual. Queremos a punição de quem pratica essa forma de violência contra a dignidade humana e o acolhimento às vítimas”, completa.
A secretária da Mulher da Contraf e coordenadora do projeto “Basta! Não Irão Nos Calar!”, Fernanda Lopes, avalia que o Dia Nacional de Luta contra o assédio moral e sexual é mais uma peça para conscientizar a sociedade sobre a desigualdade de gênero. “Nós mulheres já sofremos discriminação na questão salarial, nas promoções e para ocupar altos cargos nas empresas e, ainda, temos que enfrentar o assédio sexual”, pontua.
Campanha Nacional
O Comando Nacional dos Bancários se reúne, nesta quarta (6), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a entrega das propostas de Igualdade e Oportunidade, com o foco no combate ao assédio moral e sexual.
“Exigimos a inclusão de combate ao assédio sexual nos códigos de ética e em todo o material do banco, destacando que o assédio sexual é crime, previsto no código penal. Também pedimos o acolhimento e proteção das vítimas, porque muitas vezes, as mulheres que denunciam é que são punidas com transferência, enquanto o assediador acaba sendo protegido, mantido na mesma agência ou até recebendo promoção”, explica Juvandia.
Fonte: Contraf