Dia Nacional de Luta paralisa o Itaú Unibanco na capital Rio Branco

Funcionários do Banco Itaú das regiões Norte e Centro, totalizando sete estados e 12 sindicatos, realizaram na manhã desta quarta-feira, o Dia Nacional de Luta. O ato reivindica o fim das demissões, das metas abusivas, além de mais segurança bancária aos clientes, usuários e funcionários.


No ano passado, o Itaú alcançou lucro líquido recorde de R$ 15,8 bilhões, mas nem isso foi suficiente para a empresa mandar embora quase 3 mil funcionários, cinco deles das unidades acreanas.

Seguindo o calendário de mobilização, a diretoria do Sindicato dos Bancários do Acre esteve cedo da manhã na porta da agência Rio Branco, principal unidade da instituição financeira na capital acreana. Houve entrega de panfletos aos clientes e usuários, assim como o retardamento da abertura da agência por uma hora, causando enorme fila na porta do banco.

Ciente da necessidade de mobilizar os trabalhadores, o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, conversou com os vários bancários e à população. Informou da política do banco de cortar postos de trabalho, assim como da cobrança por metas abusivas e da precariedade do atendimento em dias de pico. Batistela lembrou ainda que é preciso o banco sentar com o movimento sindical para chegar a um consenso em relação as reivindicações do trabalhadores. Caso contrário, as paralisações irão ocorrer rotineiramente, não descartando que ela se estendam o dia inteiro, inclusive para demais unidades da capital Rio Branco.

No aspecto de segurança, Batistela lembrou que foi preciso, há dois anos, uma ação do Sindicato, junto com o ex-vereador sargento Vieira (PPS), para a criação da Lei que obrigou as unidades bancárias a instalarem portas giratórias com detector de metal. Com isso, o Itaú Unibanco teve que cumprir com a Lei e reinstalar novamente esse mecanismo de segurança. No entanto, Batistela cobrou que o banco venha a instalar dentro das unidades os biombos, assim proporcionando mais segurança aos clientes e bancários e, ao mesmo tempo, evitando a ação de bandidos e a “saidinha de banco”.

Demissões prejudicam

Em 2013, foram demitidos 2.734 funcionários e a consequência da redução de trabalhadores é sentida todos os dias, das longas filas ao atendimento. O trabalhador, por sua vez, continua sendo pressionado a cumprir metas abusivas, com sobrecarga de trabalho e desvio de função.

A redução dos postos de trabalho no sistema financeiro não segue o fluxo apresentado pela economia brasileira, que gerou mais de 29.500 empregos em janeiro de 2014.

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