O II Censo da Diversidade termina nesta sexta-feira, dia 9 de maio, após ter sido prorrogado a pedido da Contraf-CUT. Cada bancário e bancária tem a possibilidade de participar no seu local de trabalho, em casa, pelo celular ou tablet. O questionário contém 5 páginas e o tempo para responder é entre 5 a 8 minutos.
“O sistema de acesso é criptografado, o que significa que a exigência do CPF e matrícula permite a entrada segura, como a chave que abre uma porta de uma casa, mas depois que se entra não tem como rastrear. Seria como catar uma agulha no palheiro”, salienta Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Em 2008, quando aconteceu o I Censo, mais de 200 mil bancários responderam o questionário e não houve qualquer tipo de retaliação e perseguição. Portanto, o sistema é seguro e as informações são confidencias e sigilosas.
Até o último dia 15 de abril, cerca de 95 mil bancários e bancárias responderam o questionário, o que representa apenas 19,67% do universo de 486 mil funcionários e funcionárias dos bancos que participam do censo. São 7 bancos públicos (BB, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Banestes, Banrisul, BNB e BRB) e 11 bancos privados (Bradesco, Citibank, Fibra, HSBC, BIC Banco, Itaú, Mercantil, Santander, Safra, Votorantim e Topázio).
“Com o II Censo, cada bancário e bancária contribui para a construção do perfil da categoria”, ressalta Andrea. Por isso, quem ainda não respondeu o questionário não de perder mais tempo. “Responda agora mesmo e não se esqueça de finalizar o questionário, para que as suas informações sejam consideradas. Fique atento, pois uma mensagem de agradecimento aparecerá na tela quando você concluir o processo”, explica a diretora da Contraf-CUT.
Conquista dos bancários na luta contra as discriminações
O II Censo foi uma conquista dos bancários na Campanha Nacional 2012. Com ele, será agora possível verificar o que mudou e o não que avançou nos últimos seis anos em termos de igualdade de oportunidades para os bancários e bancárias.
“Mesmo os bancos dizendo que são instituições modernas e que atendem todos os requisitos da responsabilidade social, observamos inúmeras lacunas na política de igualdade no setor financeiro, como a não publicidade e a falta de transparência nos processos de contratação dos bancos privados”, enfatiza Andrea.
A grande maioria dos trabalhadores e trabalhadoras não têm acesso aos critérios objetivos para construir a sua carreira no banco. Ficam “estacionados” nos cargos por longos anos, sem reconhecimento e valorização. “Essa realidade atinge as mulheres, a população negra, LGBT e trabalhadores com deficiência, que encontram inúmeras barreiras para chegar aos cargos mais elevados na hierarquia das empresas”, frisa a dirigente sindical.
Essa também é uma realidade dos bancos públicos. “Quantos negros ou negras você já viu na composição dos executivos? Quantas mulheres compõem os postos de decisão do seu banco?”, questiona Andrea.
“Não deixe de participar do II Censo e fortalecer a luta contra as discriminações”, reitera a diretora da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT