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Em Semana de Luta, Sindicato dos Bancários do Acre denuncia precarização e terceirização no Santander

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Instituição financeira aumenta lucros enquanto corta direitos e ameaça a categoria bancária

O Sindicato dos Bancários do Acre (SEEB-AC) vem a público denunciar uma grave ameaça aos direitos da categoria bancária promovida pelo Banco Santander. Sob o pretexto de crescimento e reestruturação, a instituição está substituindo bancários por trabalhadores terceirizados de empresas coligadas, com menos direitos, salários mais baixos e fora da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

De acordo com dados da RAIS, entre 2019 e 2023, o Brasil perdeu cerca de 27 mil postos de trabalho bancário. No mesmo período, o Santander seguiu na contramão e aumentou seu quadro funcional de 47,8 mil para 55,6 mil empregados. No entanto, esse crescimento numérico esconde uma prática preocupante: o banco está terceirizando parte da sua força de trabalho, enfraquecendo direitos historicamente conquistados pela categoria.

Empresas como F1rst e e.Tools, vinculadas ao Grupo Santander, contratam trabalhadores para desempenharem funções típicas de bancários, mas com contratos que não seguem as garantias da CCT. Esses profissionais têm jornada maior, salários menores, menos benefícios e menor proteção sindical. Enquanto os bancários trabalham 6 horas diárias, recebem auxílio-alimentação próximo de R$ 2 mil e PLR cheia, os terceirizados cumprem 8 horas, recebem auxílios reduzidos e enfrentam metas abusivas.

Lucros em alta, direitos em baixa

Apesar do cenário de precarização, o Santander Brasil lucrou R$ 13,8 bilhões em 2024, um crescimento de quase 48%. No entanto, mais de 90% das ações do banco estão nas mãos de acionistas estrangeiros, principalmente na Espanha e Holanda. Ou seja, a maior parte do lucro gerado com o esforço dos trabalhadores brasileiros não é reinvestida no país — vai embora como remessa de capital ao exterior.

Terceirizados também merecem respeito

O SEEB-AC reforça que todos os trabalhadores que exercem atividades bancárias devem ter os mesmos direitos, independentemente do CNPJ em que estão contratados.

“Se fazem o mesmo trabalho, devem ter os mesmos direitos. É o mínimo de justiça. Além disso, de dezembro a maio, no Acre, seis postos de trabalho foram fechados”, destacou Nenem Almeida.

A luta continua!

O Sindicato dos Bancários do Acre está mobilizado contra a terceirização no Santander e convoca os trabalhadores do banco e das empresas coligadas a se unirem nesta luta. A mobilização faz parte da Semana Nacional de Luta no Santander, organizada pelas entidades sindicais em todo o país.

Nossa luta é por respeito, valorização e igualdade.
É hora de dizer: NÃO À TERCEIRIZAÇÃO NO SANTANDER!