Contra demissões, falta de funcionários, insegurança, péssimas condições de trabalho, adoecimento e outros problemas enfrentados por quem trabalha no maior banco privado do país, os bancários do Itaú realizam nesta terça-feira (10) um dia nacional de luta.
Na capital acreano, cedo da manhã, os dirigentes sindicais distribuíram uma carta aberta aos clientes, cobrando respeito, emprego decente e segurança, dentre outras reivindicações. Patrocinador oficial da Copa do Mundo, o Itaú propaga em campanha de mídia o slogan “Vamos torcer e jogar todos juntos”.
Mas a realidade no banco é outra, pois a instituição está jogando mesmo é contra o emprego, contra a segurança e também contra a população. “Queremos chamar a atenção e buscar o apoio da sociedade, pois essa prática do banco desrespeita os trabalhadores e o povo brasileiro”, aponta o funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Corte de empregos
Apenas em 2013, o Itaú obteve lucro líquido de R$ 15,8 bilhões, o dobro do que o governo brasileiro investiu desde 2007 para construir e reformar os estádios para a Copa do Mundo.
No primeiro trimestre de 2014 o lucro já chegou a R$ 4,5 bilhões, com um crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entretanto, apesar de tanto lucro, o Itaú cortou 733 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2014, totalizando 2.759 nos últimos 12 meses.