A força da greve Nacional dos Bancários, encerrada na quinzena do mês de outubro, garantiu pelo 11º ano consecutivo um aumento real de salário. Os reajustes acima da inflação já somam 20,7% nos salários, desde 2004. No caso dos pisos, o ganho real nesses últimos anos chega a 42,1%.
Na segunda-feira os bancários assinaram a 22ª Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com reajustes de 8,5% (2,02% de ganho real) para salários, vale-alimentação, 13ª cesta, auxílio-creche/babá, regra básica e parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados(PLR); de 9% (2,49% acima da inflação) para os pisos e de 12,2% (5,5% de aumento real) no vale-refeição. Tudo será pago retroativamente à data-base da categoria: 1º de setembro.
O pagamento da PLR já começou. O Banco do Brasil foi a primeira instituição a creditar os valores. Nesta sexta-feira (17) foi a vez dos bancos Itaú Unibanco e Bradesco. O Santander e a Caixa Econômica Federal efetuam o crédito na segunda-feira (20). O HSBC credita os valores dia 23.
Conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste nos salários, no vale-alimentação, no vale-refeição e a distribuição da PLR representam injeção de cerca de R$ 9,030 bilhões na economia do país.
Infelizmente, nem todos os bancos saíram da greve, como é o caso do Banco da Amazônia e do Banrisul. No banco regional a greve já ultrapassa duas semanas e as negociações continuam sem perspectiva de acordo, além da diretoria do banco querer levar o dissídio coletivo aos tribunais, uma atitude imatura e antidemocrática para o mundo moderno.