Segundo informações de veículos da grande imprensa, os bancos Santander e Bradesco apresentaram, na segunda-feira (6), propostas formais pelos ativos do HSBC no Brasil. A expectativa é que o Itaú Unibanco também participe da disputa pela filial brasileira do banco inglês. As propostas valem apenas para os serviços de varejo, pois o banco pretende continuar atendendo grandes empresas no País.
Os pretendentes deverão fazer agora uma “proposta vinculante”, com valores e condições para o negócio. O Goldman Sachs, assessor financeiro do HSBC na operação, irá escolher a melhor oferta e definir um prazo de exclusividade para negociar com o escolhido.
A presidente do grupo Santander, Ana Botín, confirmou nesta terça-feira 7 que o banco espanhol está na disputa pela compra da filial do HSBC no Brasil. Ela não revelou o valor da proposta e disse que o Santander sempre analisa oportunidades de bancos em países onde atua. Segundo ela, essa foi a estratégia de crescimento do banco na América Latina.
Não existe data para um anúncio final sobre a venda do HSBC. Se considerar o resultado insuficiente, o banco poderia iniciar uma nova rodada de conversas no mercado – o que abriria espaço para instituições que não têm atuação no País. O HSBC anunciou, em junho, o fim de suas operações no Brasil –onde ocupa a sexta colocação no ranking (com 840 agências e quase meio milhão de correntistas).
Numa primeira fase, o Bradesco teria oferecido o valor mais alto, em torno de R$ 10,5 bilhões — pouco acima do valor mínimo de avaliação dos ativos do HSBC no País, de cerca de R$ 10 bilhões. Com a operação, o Bradesco poderia diminuir a distância que o separa hoje do Itaú e ainda poderia avançar sobre clientes de alta renda que recheiam a carteira do HSBC.
Fonte: Contraf-CUT/imprensa