O Comando Nacional dos Bancários iniciou na manhã desta quarta-feira (19), em reunião no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, a primeira rodada de negociação com a Fenaban na Campanha Nacional 2015. O tema é emprego. A categoria negocia o fim das demissões e garantia no emprego, o fim da rotatividade e o combate à terceirização, entre outros temas.
Os bancos que operam no Brasil fecharam 2.795 postos de trabalho nos primeiros seis meses de 2015, de acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada pela Contraf-CUT. As reduções mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (-771), Minas Gerais (-484) e São Paulo (-458).
Somente o Itaú, Bradesco e Santander, do primeiro semestre de 2014 ao primeiro semestre de 2015, fecharam 6.032 postos de trabalho. No mesmo período, os três bancos tiveram um crescimento de 22,3% no seu lucro líquido.
No início dos anos 1990, o Brasil tinha 732 mil bancários. Em 2013, esse número caiu para 511 mil, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego. No momento, 21 mil bancários do HSBC, adquirido pelo Bradesco, correm risco de demissão.
O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, lembra que uma consulta realizada junto aos bancários e também a conferência nacional da categoria deixaram claro que o tema emprego é muito importante nessa campanha. “Vivemos uma conjuntura onde o Congresso Nacional está debatendo a terceirização indiscriminada. Também há a possibilidade de ampliação dos correspondentes bancários, a automação bancária vem crescendo e um dos seis grandes bancos, o HSBC, foi vendido para um outro grande banco, o Bradesco. Temos que nos mobilizar para defender esse direito social fundamental, que é o emprego”, acrescentou Roberto.
REUNIÃO
O Comando Nacional dos Bancários realizou nesta terça-feira (18), na sede da Contraf-CUT, reunião preparatória para a primeira rodada de negociação com a Fenaban sobre emprego. Nessa reunião, foi feito um debate conceitual sobre o tema. O emprego, como ressaltou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, “é um direito social fundamental, um direito humano”.
Foram também definidas as estratégias de negociação sobre garantia de emprego, fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade, combate à terceirização e correspondentes bancários, mudanças tecnológicas, jornada de trabalho e abono assiduidade, além de outros pontos da pauta de reivindicações.
Fonte: Contraf-CUT