POR MANOEL FAÇANHA
Uma assembleia realizada no fim da tarde desta segunda-feira, na Praça Povos da Floresta, centro de Rio Branco, serviu para referendar a decisão de greve bancária por tempo indeterminado a partir desta terça-feira.
No último sábado, em São Paulo, na oitava negociação entre as partes, os bancos apresentaram uma proposta considerada insuficiente pelo Comando Nacional dos Bancários: índice de 7,35% de reajuste para salário, PLR, vales e auxílios (0,94% aumento real) e 8% para o piso (aumento real de 1,55%). E mais nada.
A proposta é considerada uma provocação pelos representantes dos trabalhadores que reivindicam reajuste de 12,5%. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre Edmar Batistela, os bancos tem condições de atender as reivindicações dos trabalhadores, pois somente os cinco maiores bancos que compõem a mesa de negociação (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) viram os seus lucros crescer 16,5%. Mas oferecem menos de 1% de aumento real para seus trabalhadores. Não dá pra aceitar: queremos aumento real maior para salários, piso, PLR, vales e auxílios, explica Batistela.
As principais reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 12,5%.
> PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
> 14º salário.
> Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
> Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
> Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
> Fim das metas abusivas.
> Combate ao assédio moral.
> Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.
> Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.
> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.