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A assembleia contou com a participação de mais de 50 bancários de bancos públicos e privados. Foto/Leandra Haerdrich

Bancários aprovam greve a partir do dia 6/9

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MANOEL FAÇANHA

Em resposta a proposta de reajuste salarial de 6,5% e mais abono salarial de R$ 3 mil (pago numa única vez) apresentadas pela Fenaban na última segunda-feira, assim como as negativas dos bancos públicos para ampliação das cláusulas especificas do acordo coletivo de trabalho a ser renovado nesta campanha salarial, os bancários acreanos aprovaram na tarde ontem (1º), em assembleia ocorrida na Praça Povos da Floresta, greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (6).

A assembleia contou com a participação de mais de 50 bancários de bancos públicos e privados que, além de rejeitar por unanimidade a proposta patronal, irão paralisar suas atividades por tempo indeterminado.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, explicou que a proposta apresentada na segunda-feira (29) pela Fenaban de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano. Portanto, a proposta representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário, explica Batistela, afirmando ainda que somente a força da paralisação será capaz de forçar os patrões a voltarem à mesa de negociação e apresentarem uma nova proposta, onde contemple aumento real de salário. O dirigente comentou ainda que a velha política de abono, tanto aplicada nos bancos públicos na era do Governo FHC, precisa continuar sepultada nos acordos coletiva de trabalho da categoria bancária.

Alerta

Com a aprovação do indicativo de greve para o dia 6/9, próxima terça-feira, o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, alerta à população a buscar ainda hoje (2) atendimento nas unidades bancárias. ‘Nossa greve começa na terça-feira (6), mas antes disso teremos um feriado regional na segunda-feira (5). Portanto, as unidades bancárias ficam abertas somente hoje (2) antes do início da greve.

Reivindicações

Nesta campanha salarial, os bancários querem reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos. A categoria ainda quer piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Outra importante reivindicação diz respeito aos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Os trabalhadores do ramo financeiro ainda querem melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Garantia do emprego, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas fecha o pacote de reivindicações da categoria nesta campanha salarial.