Durante assinatura do acordo coletivo nesta sexta-feira (14) com o BRB, o presidente do banco, Vasco Cunha Gonçalves, ao responder à reivindicação do Sindicato dos Bancários de Brasília, garantiu que fará todo o esforço possível para creditar o abono de R$ 3.500,00 (brutos) no mesmo dia do pagamento do salário mensal, ou seja, dia 20 próximo, embora no acordo coletivo esteja estabelecido que o prazo final é dia 24 de outubro. Já a correção e as diferenças retroativas a setembro das verbas de alimentação serão creditadas em novembro.
O Sindicato lembrou à diretoria do BRB sobre a importância da mesa de negociação permanente. Na ocasião solicitou ainda o respeito à observância da necessidade de comunicação de movimentações, com um prazo mínimo de 30 dias. Aliás, sobre isso, o Sindicato alerta que o banco, com algumas movimentações ocorridas esta semana que se encerra neste dia 14, já está descumprindo o acordo, visto que há funcionários que foram comunicados de suas remoções sem o respeito a este prazo mínimo. Sobre isso, o Sindicato acionará seu jurídico para buscar uma solução. O Sindicato ainda alertou sobre o fato de alguns gestores estarem fazendo ilegalmente banco de horas em determinadas unidades, cobrando providências com relação a esta questão, visto que a adoção deste mecanismo, sem acordo com o Sindicato, é ilegal.
“O processo negocial transcorreu, no geral, de forma respeitosa. Consideramos que houve um grande avanço de maturidade por parte dos gestores do banco nas negociações, e esperamos que esta postura se mantenha em outras negociações que virão, como questões específicas ainda não resolvidas, e ainda a PLR para o próximo ano”, ressaltou o secretário-geral do Sindicato, Cristiano Severo.
Também estiveram presentes na assinatura os diretores do Sindicato Ronaldo Lustosa e Daniel de Oliveira, além da diretora da Fetec-CUT/CN Cida Sousa. Pelo banco, além do presidente Vasco Gonçalves, esteve presente a diretoria de Gestão de Pessoas e Administração, Cristiane Lima Bukowitz.
Alteração no número de caixas das agências
Em função da remodelação do atendimento de diversas agências, está havendo uma alteração no número de caixas de muitas unidades. Por conta desta atitude do banco, alguns PAs estão ficando com apenas um caixa, o que representa uma aberração que contribuirá sobremaneira para piorar o atendimento do banco. O Sindicato indaga: como ficará a situação do atendimento no caixa nestas unidades, se o caixa se ausentar, mesmo que momentaneamente para lanchar, ou ainda ir ao banheiro, entre outras possibilidades que surgirem?
“O banco, com esta atitude, está instituindo um regime de grande sofrimento ao caixa, que ficará bastante prejudicado, pois, para não prejudicar a clientela, este será obrigado a passar fome, sede e até conter suas necessidades. Isto é uma volta a um procedimento do início do século XX, que foi superado há mais de 100 anos. Cobramos que o banco reveja esta atitude insana, e disponibilize no mínimo dois caixas por unidade”, comenta Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato.
Outro aspecto que preocupa o Sindicato é que, para dar vazão ao trabalho em caso de ausência do caixa, o tesoureiro, que já acumula outras funções, terá de se desdobrar mais, o que certamente contribuirá para seu adoecimento.
O Sindicato, além de cobrar do banco a revisão desta medida, com auxílio de seu corpo jurídico, buscará ainda os mecanismos de defesa dos consumidores, para denunciar este absurdo e cobrar ações concretas contra esta afronta aos clientes e usuários do BRB.
Fonte: Seeb Brasília