A exemplo do que já havia sido decidido em Brasília, Sintraf-Ride e Roraima no dia anterior nas assembleias realizadas em todo o país nesta quinta-feira 1º de outubro, os bancários rejeitaram a proposta dos bancos, de 5,5% de reajuste (4% abaixo da inflação) e desprezo pelas reivindicações sociais, e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de outubro (veja aqui), com novas assembleias organizativas no dia 5. Das bases sindicais representadas pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), tomaram a decisão nesta quinta os sindicatos do Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Amapá, Médio Araguaia (Sinbama), Rondonópolis, Dourados e Campo Grande.
“Os banqueiros provocaram a categoria com uma proposta indecente, que desrespeita seus trabalhadores e representa um retrocesso em relação às campanhas dos anos anteriores. E os bancários deram sua resposta, aprovando a greve nacional por tempo indeterminado. Agora é preciso intensificar a mobilização em todos os locais de trabalho e garantir uma forte paralisação para forçar os bancos a apresentarem proposta que atenda as expectativas dos bancários por aumento real de salário, mais saúde e melhores condições de trabalho, proteção ao emprego, segurança e igualdade de oportunidades”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN, que integra o Comando Nacional dos Bancários.
“Condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às reivindicações dos bancários, uma vez que somente os cinco maiores bancos tiveram lucro líquido de mais de R$ 36 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado, o que significa a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários “, acrescenta Avelino.
“Ao contrário dos bancos, que mesmo com os lucros recordes mostram intransigência, os bancários querem negociar e fechar um acordo que contemple suas reivindicações. Prova disso é que o Comando Nacional ficará de plantão em São Paulo nesta sexta-feira dia 2, à espera de que a Fenaban chame uma nova negociação e apresente uma proposta decente”, conclui o presidente da Fetec-CUT/CN.