MANOEL FAÇANHA
A Caixa Econômica Federal complementa hoje 156 anos existência e, mais uma vez, os bancários a nível nacional irão aproveitar a data para protestar contra essa e outras arbitrariedades impostas pela direção do banco em relação às condições de trabalho e às tentativas de desmonte da instituição pública empreendidas pelo governo Temer.
Na semana passada, imprensa noticiou que a Caixa concluiu sua proposta para o programa de demissão voluntária, que deverá ser aberto aos funcionários no final deste mês, com adesão até o começo de fevereiro. O anunciou trouxe preocupação entre os empregados e lideranças sindicais.
Conforme noticiou a Folha de São Paulo, até 10 mil empregados poderão aderir ao plano, que deve ser direcionado àqueles com idade para se aposentar, mas que seguem na ativa. A Caixa tem um universo de 20 mil trabalhadores que se enquadrariam nesses critérios. No último ano, a empresa reduziu o número de pessoal de 100,3 mil para 97 mil por meio do Plano de Apoio à Aposentadoria.
Na avaliação do Sindicato dos Bancários do Acre, o PDV representa menos empregados, piores condições de trabalho, aumento da pressão, sobrecarga de trabalho, além de prejudicar o atendimento aos brasileiros mais necessitados.
Cadê o papel social
A Caixa é uma empresa que mantém um papel importante na manutenção de políticas sociais, e a redução do quadro de funcionários prejudicará não só os empregados do banco, como também a população.
O que será oferecido
Para incentivar a aposentadoria, ainda de acordo com a Folha, a Caixa planeja oferecer uma bonificação de dez salários, conforme o tempo de casa. No entanto, esse é um dos pontos que precisam da aprovação do governo antes da publicação das regras aos funcionários. O lançamento do plano dependeria do aval do Ministério do Planejamento, que poderá vir na próxima semana. A Caixa não quis comentar o assunto.