Descaso, abandono e irresponsabilidade. Há quase dois anos, o prédio da agência 0534 da Caixa Econômica Federal, localizado na Rua Benjamim Constant, Centro, está com as obras paralisadas. O abandono da unidade prejudica não somente os empregados da Caixa, mas, também, a sociedade acreana, que fica com opções de atendimento ao público reduzido.
Em 2013, após a denúncia do abandono do prédio, feita pelo Sindicato dos Bancários do Acre, a superintendência da Caixa afirmou na mídia que a agência passaria por obras e seria inaugurada em dezembro de 2014. Porém, nove meses após a data prevista para entrega do prédio, as obras ainda não tiveram continuidade.
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Neném, analisou como lamentável atual situação da agência: “É inadmissível que um prédio da Caixa Econômica, que faz parte da história acreana, fique abandonado da forma que está sem uma ação concreta da administração para reativá-lo e, assim, criar novas alternativa de atendimento aos clientes, além de gerar novos empregos, poderíamos tem mais um local/agência para atender a população, ao invés disso a CAIXA, com total descaso e irresponsabilidade deixa o imóvel no centro da Cidade em total abandono”, lamenta.
No início do ano, a justificativa dada pela superintendência da Caixa para a paralisação das obras, é que o prédio é um patrimônio histórico da cidade de Rio Branco, e, para que haja a reforma, é necessária a autorização dos órgãos competentes.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, Edmar Batistela, o abandono demonstra o descaso da Superintendência Regional da Caixa com o patrimônio público, população Acreana e seus empregados. “Com uma nova agência, além de melhorar o atendimento teríamos novos empregados, possivelmente os aprovados no último concurso.”, disse.
No segundo trimestre de 2015 a Caixa registrou lucro de 1,9 bilhão, o que representa um avanço de 25% sobre o primeiro trimestre. No semestre, teve lucro líquido de 2,8% acima do verificado no mesmo período do ano anterior, somando 3,5 bilhões. Mesmo com a lucratividade, a empresa continua com uma postura de descaso, não só em relação às agências, mas, também, nas rodadas de negociações da Campanha Nacional, com a alegação de que o momento econômico e político não são favoráveis.