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CARTA ABERTA

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AOS EMPREGADOS DA CAIXA E À POPULAÇÃO

Em virtude da retomada do avanço dos casos de contaminação, internações e óbitos por Covid-19 no Brasil, somado ao surto de gripe, a representação sindical dos empregados da Caixa Econômica Federal está atenta e preocupada com os vários problemas que prejudicam as condições de trabalho no banco.

               Os trabalhadores denunciam o não cumprimento dos protocolos de segurança sanitária e prevenção à Covid-19. Muitos gestores desconhecem os protocolos, outros se recusam a cumpri-los, seja por terem aderido ao discurso que nega a gravidade da doença, seja por se verem forçados a cumprir as metas absurdas impostas pelo banco. Tudo isso coloca em risco a saúde e a vida dos empregados, clientes e da população de uma forma geral.

               A gestão de Pedro Guimarães na Caixa e sua proximidade política com Jair Bolsonaro, com especulações, inclusive, de ele ser candidato a vice-presidente da República nas próximas eleições, na chapa do atual presidente do Brasil, tem aproximado o banco da teoria negacionista, que menospreza a pandemia, em prejuízo das necessárias medidas de prevenção contra a doença.

               Uma gestão que, em plena pandemia, estabeleceu um mecanismo de “curva forçada” no seu programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) que, independente do resultado, determina que 5% dos empregados sejam classificados como aqueles que ‘não atendem’ os requisitos exigidos e, com isso, deixam de receber o adicional do plano de carreira (Delta) e perdem diversos direitos, entre eles, o de disputar os processos internos de seleção. Com isso, o GDP, que já não era bom, se tornou, ainda mais, uma ferramenta de pressão pelo cumprimento de metas, em detrimento dos cuidados com a saúde dos empregados, clientes e contra a propagação da doença para a população.

               Isso tem elevado o adoecimento dos empregados, seja devido às contaminações pelo vírus da Covid-19, seja por doenças relacionadas à pressão pelo cumprimento de metas, como transtornos mentais, lesões por esforços repetitivos (LER), ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Com isso, os empregados precisam se afastar para tratamento de saúde, o que aumenta, ainda mais, a sobrecarga de trabalho.

Por isso, reivindicamos:

A contratação de mais empregados para reduzir a sobrecarga e melhorar o atendimento à população;

A melhoria dos serviços do Plano de Assistência à Saúde dos Empregados (Saúde Caixa), principalmente dos serviços de telemedicina;

A melhoria dos protocolos de segurança sanitária e prevenção da Covid-19;

Encaminhamento para o home office dos empregados que possuam alguma doença que possa ser agravada em caso de contágio pelo Sars-Cov-2;

Suspensão da cobrança de metas enquanto perdurar a pandemia;

Suspensão das visitas a clientes enquanto perdurar a pandemia;

Controle de acesso às agências, com atendimento apenas aos serviços essenciais;

Exigência da apresentação da comprovação de vacinação contra a Covid-19 para acesso às agências;

Fornecimento aos empregados de máscaras adequadas à prevenção da variante Ômicron do novo coronavírus;

Garantia de abastecimento de álcool gel para ser utilizado pelos clientes e empregados.