O corte do adicional de insalubridade foi oficializado pela direção da empresa em comunicado interno no dia 5 de julho. A justificativa foi baseada em laudos de empresas contratadas, que consideraram que o ambiente em que se manipulam produtos químicos por esses empregados não apresenta risco à saúde e que, portanto, não caberia o pagamento do adicional, que corresponde a 40% do salário mínimo (R$ 352).
“Ninguém está defendendo um local insalubre. Se a melhoria realmente aconteceu, será motivo de comemoração. No entanto, não é isso que apontam os relatos que ouvimos de avaliadores que participaram do 32º Conecef, realizado há duas semanas”, afirma a coordenadora da Comissão dos Empregados, Fabiana Matheus. Ela acrescenta: “as entidades já estão contratando laudos técnicos para confrontar a decisão da Caixa”.
Entre as principais ameaças da função está a manipulação de produtos químicos tóxicos. Mais recentemente, atendendo reivindicação do movimento sindical, a Caixa instalou exautores nas bancadas, equipamentos muito questionados pelos próprios trabalhadores. “Outro problema que identificamos numa análise inicial é que os laudos não fazem referência ao espectrômetro, um serviço automatizado que identifica, por fluorescência de raios x, as ligas metálicas das joias”, acrescenta Plínio Pavão, assessor da Fenae e membro do GT Saúde do Trabalhador.
Preparatória
Nesta terça-feira, a partir das 9h, a CEE/Caixa realiza reunião preparatória na sede da Fenae. “Além da questão dos avaliadores de penhor, outros dois temas serão tratados na reunião de amanhã: validação da sistemática de promoção por mérito e o programa de desenvolvimento dos líderes, essa última uma pauta do banco”, esclarece Fabiana Matheus.