São Paulo – Os bancários cumprem uma importante e decisiva etapa de sua campanha nacional nos próximos dias 19, 20 e 21 de julho. A 15ª Conferência Nacional reunirá em São Paulo cerca de 800 trabalhadores – bancários eleitos delegados nas conferências estaduais de todo o país –, que debaterão as prioridades da categoria e definirão a pauta de reivindicações a ser entregue à federação dos bancos (Fenaban).
É esse documento que norteará os debates das mesas de negociação com os representantes dos banqueiros, nas semanas seguintes. As conquistas desse processo de negociação valem a partir de 1º de setembro, data-base da categoria. Se as negociações se estendem para depois desse período, os reajustes são pagos retroativamente.
São três dias de painéis sobre assuntos pertinentes à categoria, como saúde, condições de trabalho, emprego, remuneração, a terceirização que ameaça o emprego da categoria, e assuntos mais gerais da conjuntura nacional. Este ano, por exemplo, um dos temas das mesas de debate será Reforma Política. Após as grandes mesas com participação de todos os delegados, os trabalhadores se dividem em grupos, que discutem as propostas de reivindicações por temas. Em seguida, a plenária final vota e aprova as demandas que farão parte da pauta da categoria. Processo democrático – Esse processo amplamente democrático, é valorizado pela participação de toda a categoria que responde à consulta feita pelos sindicatos à sua base e apontam suas principais reivindicações. A consulta de São Paulo, Osasco e região contou com respostas de mais de 9 mil trabalhadores, de variadas funções: caixas, técnicos, assistentes, atendentes, analistas e gerentes. Além das prioridades de campanha, como índice de reajuste e cláusulas sociais, os bancários forneceram informações importantes sobre adoecimento relacionado ao trabalho, uso de remédio controlado e afastamentos.
Campanha nacional e unificada – A categoria bancária é uma das mais organizadas no Brasil e é pioneira em muitas conquistas. Desde 1992, os trabalhadores de bancos privados contam com um acordo único, válido em todo o território nacional. Em 2004, os bancários de bancos públicos passaram a integrar a luta da categoria e desde então também usufruem dos direitos previstos no acordo nacional, ainda que também tenham mesas de negociações separadas, que tratam de questões específicas ao BB e à Caixa. Também desde 2004 a categoria conta com aumentos reais de salário, valorização do piso e da PLR. São cerca de 500 mil bancários em todo o Brasil e 144 mil em São Paulo, Osasco e região.