MANOEL FAÇANHA
Depois de lucrar 4,648 bilhões no primeiro trimestre de 2017 (crescimento de 13% ano) e fechar no país 192 das 5.122 agências, o Bradesco informou nesta quinta-feira (13), por meio de comunicado ao mercado, a abertura de um plano especial de demissão voluntária. A instituição não comenta se há alguma meta nem o número de funcionários elegíveis, afirmando apenas que o plano “não afetará o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e usuários, em todas as localidades em que atua”.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, apesar do banco garantir que o atendimento será mantido da mesma forma, a preocupação diz respeito à sobrecarga de trabalho aos empregados que continuarem na empresa. “O banco ao desligar funcionário terá que fazer reposição. Isso seria uma lógica, mas não parece que seja essa a intenção do banco. Ou seja, a expectativa será de sobrecarregar de trabalho aos empregados que continuarem vinculado empresa”, diz Batistela, prometendo ficar atento as mudanças.
Incentivos
Em seu comunicado o banco informa que quem aderir ao PDVE receberá todas as verbas rescisórias, inclusive a multa do FGTS e o aviso prévio; além de um valor equivalente a 0,6 da remuneração fixa por ano de trabalho no banco (limitado a 12 salários); vale alimentação de seis meses, em parcela única; manutenção do plano de saúde e odontológica por 18 meses.
Podem aderir ao PDVE os funcionários que estejam aposentados junto ao INSS, por idade ou tempo de contribuição integral ou proporcional até 31/08, ou estejam aptos a requerer o benefício e trabalhem em uma das empresas da holding listadas no regulamento há, no mínimo, 10 anos.
FRASE
“Sindicatos negociam com os bancos a contratação de novos funcionários, não planos de demissão. Não temos o que falar sobre a decisão pessoal de cada trabalhador”
Roberto von der Osten, presidente da Contraf/CUT