Os eleitos da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) promoveram na última sexta-feira (13), um encontro nacional de saúde para debater a atual situação da entidade. O evento, realizado na sede da Afabb-SP, no centro de São Paulo, contou com a participação da Contraf-CUT e de representantes de entidades sindicais, AAFBB, ANABB, APABB, AABB- SP, Contec, associações e conselhos de usuários de diversas regiões do país.
Ao longo do evento, os eleitos relataram os problemas que a área de saúde está enfrentando no país, mostrando o quadro dos usuários de planos de saúde no Brasil (50 milhões de pessoas) e dos associados de planos de autogestão, representados pela Unidas (5,7 milhões). Também apresentaram vários dados da Cassi para uniformizar as informações com as entidades representativas e lideranças dos funcionários e aposentados.
“Iniciamos o ano de 2015 buscando envolver o conjunto das entidades representativas para mobilizar e organizar os participantes da ativa e aposentados para conquistarmos negociações com o Banco do Brasil para encontrarmos solução para o déficit do Plano de Associados (que há uma década enfrenta questões de equilíbrio) e para aprofundar o modelo do Sistema de Serviços de Saúde da Caixa de Assistência”, afirma William Mendes, diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi.
“Nós, eleitos, após estudos sobre os motivos da crise sistêmica na saúde, temos um diagnóstico que nos dá a convicção de que somente com a extensão da Atenção Integral à Saúde para o conjunto dos participantes (Plano Associados e Planos Cassi Família) será possível dar maior perenidade à entidade por meio de um Sistema de Gestão Integrada”, salienta o dirigente da Cassi.
A solução proposta pelos diretores e conselheiros deliberativos eleitos é a extensão do direito ao modelo de Atenção Integral à Saúde, através da Estratégia de Saúde da Família, para o conjunto dos participantes (Plano Associados e Planos Cassi Família), após estudos e mapeamentos de cada base onde a Cassi presta serviços de saúde.
Também são propostas mudanças nos sistemas de regulação de serviços e gestão de rede de prestadores. Enquanto se avança na implantação das melhorias estruturantes, o Banco do Brasil, também responsável pela gestão da Caixa de Assistência e com obrigações em saúde de seus funcionários, e deve fazer aportes devido ao déficit financeiro atual. As iniciativas estratégicas apresentadas pelos representantes do Corpo Social visam reduzir despesas, mantendo os direitos em saúde e a qualidade no atendimento.
O banco, por sua vez, propôs aumentar as contribuições mensais dos associados, mantendo as dele próprio, Banco do Brasil, congeladas em 4,5%.
A Contraf-CUT e as demais entidades que participaram do encontro, assim como as lideranças presentes, reforçaram o encaminhamento da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB de buscar uma mesa de negociação com o Banco do Brasil o mais breve possível, a fim de iniciar as discussões. “O desequilíbrio financeiro precisa de uma solução rápida, para que os projetos estruturantes que aprofundam o modelo de saúde possam ser implantados”, ressalta William Mendes.
“A participação dos sindicatos de várias regiões do país foi muito importante, na medida em que estamos construindo uma grande unidade de ação em favor da Cassi com as associações representativas dos funcionários da ativa e dos aposentados do BB”, conclui Mirian Focchi, diretora eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi.
Fonte: Contraf-CUT