Na tarde e noite de ontem (6), concentrados na Praça Povos da Floresta, bancários de bancos públicos e privados, em assembleia, aprovaram o fim da greve da categoria. O retorno aos trabalhos já ocorrem na manhã de hoje (7).
As propostas negociadas na noite de quarta-feira (5) entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários foram aprovadas na segunda maior greve da história que durou 31 dias e paralisou mais de 13 mil agências no país.
A proposta aprovada prevê reajuste para 2016 de 8% mais abono de R$ 3,5 mil, reajuste de 15% no vale-alimentação, 10% no vale-refeição, 10% no auxílio creche-babá, licença paternidade de 20 dias, além do reajuste da inflação em 2017, mais 1% de aumento real, nos salários e em todas as verbas. Além da criação de centro de realocação e requalificação profissional.
Os trabalhadores reivindicaram, inicialmente, reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo-quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, a greve, a maior após a redemocratização do país, foi duríssima e a proposta apresentada não foi à almejada pela categoria, apesar de alguns avanços, como no reajuste da cesta alimentação/refeição e licença paternidade, Porém, era necessário levar em conta a conjuntura do país.
Na base do Sindicato do Acre, 49 agências permaneceram paralisadas até a decisão nesta tarde.