Bancários do Banco do Brasil e dos privados Itaú, Santander, HSBC e Bradesco optaram por acabar com a greve e retornam aos trabalhos nesta terça-feira, 27, no Acre. Eles aceitaram reajuste de 10%, após 21 dias completados ontem de manifestação.
Os funcionários da Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia, no entanto, vão permanecer paralisados.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Acre, Edmar Batistela, o quadro de greve em todo o país será avaliado nesta terça-feira (27). Nessa assembleia, os sindicalistas vão analisar como estão os demais estados, se os trabalhadores estão retornando ao serviço, para então deliberarem pelo retorno ao trabalho na Caixa. Na manhã desta terça-feira (27) ocorre reunião entre Comando de Greve e direção do Banco da Amazônia.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria. Mas no Acre, apenas os servidores do Banco do Brasil e dos quatro privados aceitaram.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reivindicavam uma correção de 16% nos salários.
“A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados”, informou a Contraf, em nota.
Em 12 meses, até setembro, a inflação acumulada chegou a 9,77%, segundo o IPCA-15, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Durante a paralisação, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas no país chegaram a fechar as portas para o público.