Desativação de unidades e demissões em massa formam a política de desmonte da estatal
O Acre não ficará de fora da política de desmonte do Banco do Brasil pelo governo Bolsonaro. É o que diz o presidente do Sindicato dos Bancários no estado, Eudo Raffael, e, entrevista ao A Tribuna. De acordo com ele, sete agências em Rio Branco e no interior estariam na lista de desligamento do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Entre essas unidades, duas estão na capital. Seriam elas a da Avenida Ceará e a da Via Chico Mendes, no Segundo Distrito. As demais estão localizadas em Cruzeiro do Sul (agência Catedral), Mâncio Lima, Feijó, Bujari, Xapuri e Assis Brasil.
O sindicalista prometeu acionar a Justiça do Trabalho para reverter a tentativa de fechar as agências. De acordo com ele, as populações das regiões do interior atingidas pela medida ficariam prejudicadas.
Além das desativações, o governo federal quer dar início a demissões em massa por meio de dois programas de desligamento voluntário: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). A ideia é desligar cerca de 5 mil trabalhadores em todo o Brasil.
O total nacional de agências a serem desativadas será de 112, além de sete escritórios e 242 postos de atendimento, totalizando 361 unidades. Outras 243 agências virariam postos de atendimento simples.
Analistas veem a decisão como ensaio para a privatização do Banco do Brasil, que tem mais de 200 anos de fundação e, em 2020, registrou lucro líquido de mais de R$ 10 bilhões. Em abril do ano passado, Paulo Guedes chegou a dizer que o banco é um “caso pronto de privatização e a gente não tá dando esse passo. Então tem que vender essa porra logo”.
Fonte: contilnetnoticias