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Batistela explica ainda que a paralisação é uma resposta à proposta rebaixada da federação dos bancos (Fenaban) de 6,5% . Foto/Leandra Haerdrich.

Greve bancária no Acre fecha 60% das unidades da capital e interior

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SEEB-AC

A greve nacional dos bancários segue crescendo. No terceiro dia de paralisação, foi registrado o fechamento de 60% das unidades da capital Rio Branco e demais municípios acreanos. De acordo com a secretária geral do Sindicato dos Bancários do Acre, Janine Lira, a paralisação atingiu 40  (12 Caixa Econômica Federal, 13 Banco do Brasil, 7 dos privados e 8 do Banco da Amazônia) das 68 unidades existentes no território acreano.

A greve nacional dos bancários continua nesta sexta-feira (9), quando o Comando Nacional dos Bancários se reúne com a Fenaban em nova rodada de negociação, aberta pelos Bancos após deflagração da greve nacional dos bancários. Para a presidenta do Sindicato, Edmar Batistela, somente uma proposta decente pode acabar com o movimento grevista.

Batistela explica ainda que a paralisação é uma resposta à proposta rebaixada da federação dos bancos (Fenaban) de 6,5% para reajustar salários, PLR, vales e auxílios, e abono de R$ 3 mil a ser pago em uma única vez, sem incidência em férias, 13º, FGTS, previdência. Todas as demais reivindicações, como proteção ao emprego, foram respondidas pelos bancos com um sonoro não.

Balanço do 3º  dia de greve

No terceiro dia de greve, 8454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, nesta quinta-feira (8), em todo o Brasil. Este número representa 35,91% das agências bancárias do país e um crescimento de 13% da mobilização, na comparação com a terça-feira.

Reivindicações

Nesta campanha salarial, os bancários querem reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos. A categoria ainda quer piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Outra importante reivindicação diz respeito aos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Os trabalhadores do ramo financeiro ainda querem melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Garantia do emprego, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas fecha o pacote de reivindicações da categoria nesta campanha salarial.