Sem resposta da federação dos bancos (Fenaban) em relação ao documento enviado pelo Comando Nacional dos Bancários para que as negociações sejam retomadas, a categoria bancária entrou nesta terça 1º de outubro em seu 13º dia de greve por tempo indeterminado. A única proposta feita pelos bancos, em 5 de setembro, foi de reajustar salários, piso e vales refeição e alimentação em 6,1%, sem aumento real. O índice foi rejeitado em assembleias realizadas em todo o país, as mesmas que aprovaram o início da greve no dia 19 de setembro.
Nesta quarta-feira (1) os bancários chegaram ao 14 dia de paralisação com a manutenção de 37 unidades paralisadas no território acreano. A greve é forte na capital e alguns municípios como é o caso de Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Senador Guiomard.
De acordo com Edmar Batistela, presidente do Sindicato, a greve é forte e atinge 66% das unidades acreanas, com o maior número de adesão ocorrendo na capital Rio Branco (95% das unidades paralisadas).
Resposta a OAB
Em relação as recomendações da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil para o Ministério Público fiscalizasse a manutenção dos serviços bancários básicos para que os consumidores não fiquem prejudicados, o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, retrucou ao afirmar que a pratica é uma forma de tentar desacreditar o movimento perante a população.
– Os bancos não cumprem leis, como o tempo mínimo de espera e a lei de segurança das agências, e não são penalizados, mas os bancários quando usam seu direito de greve são questionados e sofrem sanções dos órgão. Não dá para entender, é porque é a classe trabalhadora e não os empresários?, questiona ele.
O presidente do sindicato lembra que os bancários estão cumprindo a lei e trabalhando com mais de 30% do efetivo. “Mas se com todo no nosso efetivo nós não conseguimos atender a população, imagina com apenas 30%. Por isso uma de nossas reivindicações é a contratação de profissionais”, diz.
Batistela garante ainda que o sindicato repassou a recomendação sobre o uso das faixas nas paredes de vidro para as agências bancárias. “Quanto ao aspecto de segurança, o sindicato é totalmente a favor, se a agência acha que isso prejudica a segurança, retira-se parte da panfletagem. Acho muito louvável a OAB se prontificar a fazer isso, mas gostaria que ela se preocupasse com a segurança bancária fora do período de greve”, afirma o sindicalista.