A greve nacional dos bancários completou 15 dias nesta terça-feira 20 e continua crescendo no Brasil inteiro, atingindo a marca histórica de 13.096 agências e 36 centros administrativos fechados, o que confirma ser esta a maior paralisação da categoria pelo menos desde 1992, quando os trabalhadores do sistema financeiro conquistaram a primeira Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Nas 12 bases sindicais da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), o número de agências paralisadas aumentou para 1.879, outro recorde histórico.
Segundo levantamento da Contraf-CUT, com isso os bancários já conseguiram fechar as portas de 56% do total de agências em todo o país.
“Os banqueiros apostaram na intransigência e na estratégia de reduzir salários em troca de abonos e estão recebendo a resposta dos bancários, que mais uma vez dão um exemplo de combatividade e unidade nacional e exigem aumento real de salário, proteção ao emprego e à saúde, melhores condições de trabalho e fim do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades para acabar com todas as discriminações dentro dos bancos”, reafirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional dos Bancários.
Apesar de apenas os cinco maiores bancos terem lucrado R$ 29,7 bilhões somente no primeiro semestre, a Fenaban insiste em manter a proposta apresentada no dia 9 de agosto, e repetida nas rodadas de negociação dos dias 13 e 15, de apenas 7% de reajuste (o que significam 2,9 pontos percentuais abaixo da inflação) com abono de R$ 3.300, além de ignorar totalmente as reivindicações sociais.
Decretada no dia 6 de setembro, a greve da Campanha Nacional de 2016 já é a maior das últimas duas décadas e meia, superando a paralisação do ano passado, que no 15º dia havia fechado 12.567 agências e 33 centros administrativos nos 26 estados e no DF, dos quais 1.398 unidades nas 12 bases territoriais dos sindicatos filiados à Fetec-CUT/CN.