Um grupo formado por seis homens perfuraram cofre e roubaram o dinheiro dos baús dos guichês dos caixas do Banco do Branco, localizado na via Chico Mendes, em Rio Branco, na última quarta-feira, 19. O fato foi confirmado pelo superintende estadual da instituição, Antônio Carlos Soares. Sobre o valor levado, ele não informou, mas estima-se que seja superior a R$ 1 milhão.
Esse não foi o assalto que a rede enfrenta na Capital. De acordo com um servidor que não quis se identificar, uma agência localizada na Avenida Ceará também foi invadida por bandidos há três meses. Não foi divulgado o valor roubado.
“Nem os bancos estão fugindo da ação dos meliantes. Estamos tomando medidas de segurança e acampamento em conjunto com as forças de segurança do estado, isso tem amenizado muito. Temos casos muito pontuais aqui, devido a esse apoio exemplar”, detalhou o superintendente.
No caso mais recente, um grupo de seis homens fortemente armados estava em dois veículos realizaram o crime. A Delegacia de Combate ao Roubo e Extorsão, que funciona no mesmo prédio da Delegacia de Investigações Criminais, está investigando o caso, que está sob sigilo.
O delegado que investiga o caso, Sérgio Lopes, diz parte do grupo entrou na agência pelo telhado e conseguiu arrombar um cofre”, explicou.
A investigação quer identificar os veículos e a quadrilha responsável pelo roubo. As câmeras de segurança devem ajudar na investigação do caso. Porém, o delegado confirmou que ainda não há pistas dos suspeitos.
“Não tenho o menor conhecimento sobre essa realidade. Seria leviano da minha parte comentar”, falou o superintendente Antônio Carlos.
Além do prejuízo financeiro e de equipamentos, os funcionários estão apavorados. Principalmente com a realidade de que em algumas agências os equipamentos de segurança instalados nas portas giratórias estão sem funcionar.
O Sindicato dos Bancários do Acre, através do seu diretor de imprensa, Manoel Façanha, explica que duas leis foram aprovadas com o objetivo de oferecer maior segurança tanto para os servidores como os clientes.
“Em 2012, conseguiram aprovar uma lei obrigando as agências bancária instalarem portas giratórias com detector de metal. Algumas agências haviam retirado as portas e através da lei foram obrigadas a colocar novamente. Isso para quem é funcionário de agência bancária é um grande alívio. Além disso, existe outra lei que obriga as agências a terem biombos para a segurança do cliente que está na boca do caixa. Medida que pode evitar, de certa maneira, a tal saidinha de banco, pois o bandido não tem acesso a quem vai até a beira do caixa”, explicou Façanha.
Números da violência contra agências bancárias e caixas eletrônicos
Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância, Segurança e Similares realizou um levantamento em todos os estados brasileiros e reuniu todos os casos violência contra agências bancárias ou caixas eletrônicos. Esse resultado mostra que no Acre em 2014, foram registradas duas explosões, um arrombamento e três tentativas e/ou assaltos.
Já em 2015, foram contabilizadas 4 explosões, dois arrombamentos, três tentativas e/ou assaltos. Os números desse ano ainda não foram divulgados.
Fonte: Bruna Lopes/Jornal A Gazeta