Apesar do lucro líquido recorrente de R$ 11,156 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, com crescimento de 5,8% em 12 meses e 11% no terceiro trimestre, o Itaú fechou 2.883 empregos no período, na contramão da economia brasileira que abriu 1,323 milhão de vagas entre janeiro e setembro deste ano.
O número total de empregados na holding do Itaú em setembro de 2013 foi de 87.440, com fechamento de 2.987 postos de trabalho em relação a setembro de 2012, uma queda injustificável de 3,3%. Apenas nos últimos três meses foram eliminados 619 empregos. “Os números do balanço mostram o descaso do Itaú com o emprego, pois o banco seguiu demitindo, praticando rotatividade e eliminando vagas, piorando
ainda mais as condições de trabalho e prejudicando o atendimento aos clientes e à população”, avalia o funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Conforme análise do balanço feita pela Subseção do Dieese na Contraf- -CUT, a estratégia de melhorar o chamado Índice de Eficiência por meio do corte de pessoal não vem obtendo
êxito, pois o indicador do tipo “quanto menor, melhor” cresceu 3,6 pontos percentuais nos últimos 12 meses, ficando em 48,4%, mas caiu 0,9 pontos percentuais no terceiro trimestre. Cabe notar, entretanto, que desde o quarto trimestre de 2011 não ocorria redução no índice.
REINTEGRADA
Por meio de uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho, a funcionária do Banco Itaú, Aline Gabriela, demitida há dois anos, foi reintegrada ao banco na semana passada. Após a demissão, a bancária procurou o Sindicato, que deu assistência jurídica. O advogado pediu a reintegração da bancária, onde alegou problema de saúde. A ação tramitou em juízo e a bancária ganhou uma liminar favorável, mas ainda cabe recurso ao banco. Além disso, à Justiça determina que o banco pague R$ 50 mil de dano moral a bancária. De acordo com informações, a demora na reintegração bancária diz respeito a ausência de peritos.