O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,150 bilhões em 2013, resultado semelhante a 2012 (R$ 8,126 bilhões, valor ajustado para seguir novas regras de contabilidade).
Os resultados do balanço do ano passado também mostram melhora em outros indicadores relevantes, com destaque para a redução do nível de inadimplência, que atingiu a mais baixa taxa histórica do Banco, e para a melhora na provisão para risco de crédito.
De acordo com a instituição financeira, o resultado de 2013 foi assegurado “por uma significativa melhora no desempenho da Finame, que compensou oscilações dos resultados das operações próprias do BNDES e da BNDESPAR”.
A Finame (financiamento para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional) contribuiu com R$ 1,538 bilhão do resultado de 2013, aumento de R$ 710 milhões em relação ao de 2012.
As operações próprias do BNDES contribuíram com R$ 4,894 bilhões (60,1%) deste resultado, ante R$ 5,393 bilhões no exercício de 2012. De acordo com o banco, redução em relação ao ano anterior ocorreu devido à queda dos spreads (diferença entre a taxa de captação de recursos pelo banco e a cobrada dos clientes).
A contribuição da BNDESPAR foi R$ 1,712 bilhão, ligeiramente inferior ao número de 2012 (R$ 1,910 bilhão). “Um dos fatores que explicam esta redução é o menor volume de desinvestimentos, dado o momento de baixas cotações”, informou o banco.
A inadimplência do Sistema BNDES caiu, atingindo o percentual de 0,01% em 31 de dezembro de 2013, sua menor taxa histórica. Em setembro de 2013, a inadimplência do BNDES estava em 0,02% e em 31 de dezembro de 2012, em 0,06%.
O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 60,626 bilhões em 2013. Em 31 de dezembro de 2012, o PL era de R$ 49,993 bilhões. De acordo com o banco, o crescimento do patrimônio ocorreu, principalmente, devido à captação de R$ 15 bilhões do Tesouro Nacional.
O índice de adequação de capital (Índice da Basileia) registrado pelo BNDES foi de 19,2%, superior aos 17,7% registrados no balanço de setembro de 2013 e aos 15,4% de 2012. Esses percentuais indicam a capacidade do banco de emprestar, levando em consideração os recursos próprios e a ponderação de riscos. O índice é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia. No Brasil, o patamar mínimo é 11%, ou seja, para cada R$ 100 emprestados, os bancos precisam ter R$ 11 de capital.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 782 bilhões em 31 de dezembro de 2013, apresentando crescimento robusto de R$ 66,5 bilhões em relação ao saldo em 31 de dezembro de 2012. O saldo da carteira de crédito e repasse, líquido de provisão para risco de crédito, atingiu R$ 565,2 bilhões em 31 de dezembro de 2013, dos quais 80,8% correspondiam a créditos de longo prazo.