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Moção de repúdio à prisão da professora Camila, do IFG

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O Sindicato dos Bancários do Acre (SEEB-AC) vem à público demonstrar seu total repúdio à detenção da professora Camila de Souza Marques Silva, presa dentro da sala de aula na manhã da segunda-feira (15) no  Instituto Federal de Goiás (IFG) de  Águas Lindas (GO), onde leciona, por filmar uma ação policial contra três alunos.

A professora foi advertida que não poderia filmar a diligência por haver adolescentes envolvidos. Mas, insistiu em captar as imagens dos agentes civis por considerar que eles estavam agindo de forma muito incisiva, quase truculenta, com os estudantes.

Após uma discussão, em que Camila questionou os policiais, ela recebeu voz de prisão, foi algemada e conduzida em uma viatura à Delegacia da Criança e do Adolescente junto aos alunos, sendo liberada pouco depois das 13h. Antes, a professora foi impedida de ligar para o advogado do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) de Goiás, entidade à qual é coordenadora-geral.

O motivo da detenção dos alunos é a suspeita de ameaça de atentado no IFG, como o de Suzano. Eles alegaram que se tratava de uma brincadeira, porém, continuam a ser investigados devido à gravidade do fato.

Para o SEEB-AC, a justificativa para a prisão arbitrária da professora não tem fundamento. Não faz sentido a professora ter sido algemada e colocada em uma viatura, como se fosse uma criminosa, especialmente porque os próprios policiais afirmaram que ela havia sido levada como testemunha. Tal situação humilhante é inaceitável!

A dirigente sindical vem sofrendo perseguição ideológica de apoiadores do chamado Escola Sem Partido – movimento que pressupõe a existência de uma “doutrinação ideológica” nas instituições de ensino e nega parte da história, como a Ditadura Militar no Brasil, além de afirmar que a terra é plana. Por isso, a primeira informação divulgada foi que Camila Silva havia sido presa por “doutrinação”.

Neste momento, reafirmamos nosso posicionamento contrário à criminalização daqueles que lutam por direitos, por justiça e contra todas as formas de opressão e exploração.Todo apoio à professora Camila!

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Acre – SEEB/AC