Com o objetivo de garantir direitos dos trabalhadores, o Sistema de Ponto Eletrônico (Sispe) passou a ser obrigatório em todas as empresas com mais de dez funcionários desde 2012. No Banco da Amazônia, o Sispe foi implantado há mais de dois anos e até hoje não foi assinado um Acordo Coletivo de Trabalho específico conforme determina a Portaria 373 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Por esse motivo, o ponto eletrônico do Banco da Amazônia segue na pauta das mesas de negociação permanentes com as entidades sindicais e abriu uma agenda de reuniões que também irão discutir as horas extras/ banco de horas no próximo dia 16. No dia 20, o tema será o plano de saúde e em agosto, no dia 12, o assunto em debate será a segurança do trabalho.
“Avaliamos como positivo o banco já ter retomado as mesas de negociação permanentes e esperamos que esse processo apresente resultados efetivos para o ponto eletrônico que ainda não tem um acordo específico assinado devido às pendências no sistema desenvolvido pelo banco, como a autorização prévia para a extrapolação da jornada pelo empregado, tendo em vista o bloqueio da rede corporativa, como dispositivo de inibição de trabalho em horas extraordinárias”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
O Banco da Amazônia informou que até o final da semana irá encaminhar para as entidades sindicais informações e diretrizes sobre o Sistema de Ponto Eletrônico desenvolvido pela empresa e o assunto voltará a ser discutido, junto com as horas extras/ banco de horas, na próxima quinta-feira (16).
PCCS – As entidades também solicitaram que o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) volte a ser discutido em comissão específica, paritária e que os representantes dos trabalhadores possam participar do processo de construção. “Cada mecanismo que atinja diretamente o trabalhador, as entidades sindicais deveriam ser convidadas a participar sempre da elaboração, em um processo democrático, assim como ocorre em outros bancos federais e estaduais”, lembra o vice-presidente da Fetec-CUT/CN, diretor do Sindicato e empregado do banco, Sérgio Trindade.
O Banco da Amazônia informou que as entidades vão receber um material com conteúdo prévio sobre o PCCS e o assunto será debatido no dia 20 desse mês antes do tema da mesa permanente sobre plano de saúde.
15 minutos – Os representantes dos trabalhadores também pediram ao banco que o intervalo de 15 minutos, gozado dentro da jornada de trabalho, seja estendido a todos os empregados e empregadas.
Condições de trabalho – Durante a reunião, as entidades também expuseram ao banco as péssimas condições de trabalho nas agências visitadas durante as Caravanas Bancárias pelo interior do Pará, como a de São Félix do Xingu, que está com um quadro de pessoal reduzido. Em Conceição do Araguaia, o prédio onde a agência funciona continua com goteiras e infiltrações mesmo tendo passado por uma reforma recentemente.
Um caixa eletrônico parado há mais de 1 ano por falta de manutenção, em Tucuruí, teve que ser inutilizado porque, quando o banco tentou ir resolver, o problema já era tarde demais.
As entidades sindicais pediram que a agenda de Programas de Ambientação dos novos empregados seja revista, pois tem bancário que foi convocado para o treinamento depois de ter tomado posse há quase 1 ano, enquanto que o ideal, na avaliação dos representantes dos trabalhadores, é que esse preparo ocorra tão logo o bancário seja empossado.
Representantes – Além da presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim e do vice-presidente da Fetec-CUT/CN, diretor do Sindicato e empregado do banco, Sérgio Trindade, os trabalhadores foram representados por outro diretor do Sindicato e também empregado do banco, Luiz Otávio. Pela instituição financeira, estavam o coordenador da Comissão e gerente executivo da Gesop, Francisco Moura, pelas gerentes executivas, Bruna Carla Paraense (Gepes), Ana Paula Bulhões Leal (Gecor), e ainda pelo gerente executivo da Geprog, Oduval Lobato Neto e pela secretaria da Comissão, Maria José Amaral.
Fonte: Bancários PA