O grande salão do clube Juventus ficou lotado. Mais de 3 mil bancários participaram da festa da posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
No evento, realizado na sexta-feira 18, a presidenta reeleita Juvandia Moreira, saudou toda a diretoria escolhida pelos votos de 82,11% dos bancários que participaram do pleito realizado no mês de março e agradeceu a participação dos bancários. “Tenho muito orgulho de estar aqui para comemorar com vocês.”
A dirigente, baiana de Nova Soure, relatou um pouco de sua trajetória, desde que chegou a São Paulo em 1991 até chegar à presidência da maior entidade representativa dos bancários na América Latina. “Vim trabalhar (é bancária do Bradesco) e fazer faculdade para me tornar juíza. Descobri que a justiça que queria só vem com a luta coletiva.”
E relatou as experiências vividas na luta em defesa dos trabalhadores ao lado de dirigentes que participavam da festa como o bancário e presidente da CUT, Vagner Freitas, dos ex-presidentes do Sindicato João Vaccari, Luiz Cláudio Marcolino, hoje deputado estadual pelo PT, e Ricardo Berzoini, atualmente ministro das Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff.
“Lutamos muito pela igualdade e ser uma mulher presidenta foi e é muito importante. Vamos continuar nosso trabalho por melhores condições de trabalho aos bancários, por mais qualidade de vida para todos. Somos um Sindicato Cidadão. Para melhorar a vida do trabalhador é preciso lutar por melhorias na nossa cidade e nosso país”, disse. Dirigentes de sindicatos e federações de bancários de todo o Brasil, além do ex-ministro Alexandre Padilha também participaram da saudação aos bancários.
Lula
Ao convidado de honra da festa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Juvandia agradeceu as grandes mudanças feitas no país para incluir mais pessoas nos direitos da cidadania. “Agradeço por mim e por todos os 40 milhões de brasileiros que saíram da miséria.”
Lula saudou os dirigentes que tomavam posse e destacou a importância das mulheres para o movimento sindical. “Sindicato não era lugar de mulher.” Hoje, “ninguém ouse duvidar das bancárias e da participação das mulheres na construção desse país”. E reforçou: “ser presidenta deste Sindicato é muito importante, sua conquista é muito grande”, lembrando que a categoria quase foi destruída.
“Quando era dirigente sindical, todo mês ouvia que tinha de mandar trabalhador embora. Foram tempos em que os trabalhadores eram obrigados a assinar acordos recebendo menos que a inflação. Temos de lembrar como era o Brasil em dezembro de 2002, o desemprego, a situação dos jovens que terminavam o colegial e não tinham emprego nem podiam cursar uma universidade.” E completou: “nós, trabalhadores, aprendemos a andar de cabeça erguida, e não vamos mais baixar”.
Fonte: Seeb São Paulo