Os lucros do Santander não param de crescer no Brasil. Por outro lado, o banco espanhol continua com a política famigerada de demissões. Em Rio Branco, a instituição demitiu quase 20% do quadro de funcional neste último ano. Hoje, apenas 18 funcionários são responsáveis por atender diariamente centenas de clientes e usuários em nossa capital.
Na busca de frear a onda de demissões e melhorar a qualidade de atendimento à clientes e usuários, a diretoria do Sindicato dos Bancários paralisou nesta quarta-feira, por 24 horas, as atividades desta unidade.
Não concordamos com essa política de redução de postos de trabalho. Ela, além de trazer transtornos ao bancário, prejudica a qualidade de atendimento ao público e ainda adoece os trabalhadores bancários, diz o presidente do Sindicato dos Bancários, Edmar Batistela.
Nesta quarta-feira (11), o Sindicato vai protocolar no Ministério Público do Trabalho e Delegacia Regional do Trabalho, denúncias contra o banco, onde aparecem descumprimento da Lei das filas e da jornada de trabalho dos funcionários do banco.
Apesar de liderar, pelo segundo ano consecutivo, o ranking de reclamações de clientes no Banco Central – num ano em que ocupou essa incômoda liderança por sete meses consecutivos – o Santander continua executando uma verdadeira ‘caça às bruxas’ em seu quadro funcional no país, o que o credencia a ser, atualmente, o banco que mais demite no Brasil.
De acordo com dados do Dieese, houve corte de 4.542 empregos no banco espanhol nos últimos 12 meses, o que representa 8,2% de redução no quadro funcional e que, consequentemente, só vem a ampliar o atendimento precário que já impera nas unidades espalhadas por todo território nacional.
Os dirigentes sindicais questionaram o executivo do Santander por que o corte de empregos ocorre justamente no Brasil, que participa com 24% do lucro mundial, o maior resultado entre todos os países onde o banco atua.