O Sindicato dos Bancários do Pará vem a público repudiar a intransigência do Banco da Amazônia durante toda a Campanha Nacional 2014, sobretudo a atitude tomada pelo banco nesta quarta-feira, dia 8 de outubro de 2014, de notificar a Contraf-CUT sobre a instalação de dissídio coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho para solucionar os impasses relacionados ao Acordo Coletivo de Trabalho 2014-2015, os quais mantém a categoria em greve na instituição.
Em resposta à decisão soberana dos empregados e empregadas do Banco da Amazônia, reunidos em assembleia na noite dessa terça-feira (7), que rejeitaram a nova proposta apresentada pela instituição, a qual trouxe como única novidade o adiantamento pecuniário de R$ 800,00, que poderia ser devolvido ao banco caso a instituição não atingisse sua meta para distribuição da PLR, a instituição informa que não tem como alterar a proposta devido à incapacidade econômica e financeira do banco, e que estão esgotadas quaisquer possibilidade de negociação.
Queremos ratificar nossa posição de que o Banco da Amazônia poderia sim alterar sua proposta, principalmente porque o impacto financeiro das nossas reivindicações à instituição é mínimo, e a maioria das questões que mantém a categoria em greve são meramente administrativas.
Com isso, queremos afirmar que a principal incapacidade do banco não é econômica ou financeira, mas sim de negociar com os trabalhadores.
O Banco da Amazônia foi a única instituição financeira que não apresentou nenhuma resposta às reivindicações específicas da categoria bancária nesta Campanha Nacional, não atende sequer a FENABAN quando se fala de PLR, e ainda quer retirar direitos já conquistados.
O Banco da Amazônia foi a única instituição financeira que ameaçou os bancários em greve nesta Campanha Nacional, seja com a instalação de câmeras e microfones para monitorar as ações dos grevistas, ou com solicitação de liminar de interdito proibitório junto à justiça do trabalho, e agora com a instalação de dissídio coletivo no TST e ameaça de descontar os dias parados.
Há anos o Banco da Amazônia é a última instituição financeira a encerrar a greve, assim como é a única instituição financeira a assinar Acordo Coletivo de Trabalho às vésperas do início de uma nova Campanha Nacional dos Bancários e Bancárias.
O Banco da Amazônia é a única instituição financeira no país com um PCCS defasado há quase 30 anos. É o banco público federal que tem a pior remuneração oferecida aos seus empregados. E é a única instituição financeira que não consegue instalar uma mesa de negociação permanente para resolver os problemas trabalhistas da categoria.
Lamentamos profundamente, e repudiamos veementemente essa atitude antidemocrática do Banco da Amazônia, que pela segunda vez, em um curto período de 3 anos, transfere ao TST a responsabilidade de encerrar a greve e arbitrar sobre o ACT de seus empregados.
Queremos deixar um recado claro e objetivo a atual diretoria do banco: vocês passarão, mas nós seguiremos sempre firmes na luta em defesa dos interesses da categoria bancária.