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28 de agosto: Dia Nacional dos Bancários. Venha comemorar com o Sindicato

Passados quase um século de lutas e conquistas os bancários comemoram nesta quarta-feira (28) data alusiva ao dia nacional da categoria. Na capital acreana, a direção do Sindicato dos Bancários oferece um café da manhã, a partir das 7h30 horas, no Hotel Pinheiro, para comemorar o Dia do Bancário.

lançamento campanha salarial

Nas últimas semanas, a direção do Sindicato dos Bancários está intensificando as visitas as unidades bancárias da capital e interior para transmitir a categoria a pauta de reivindicação da Campanha Salarial.

– Nosso objetivo é conscientizar a categoria da importância da sua participação durante a Campanha Salarial, somente assim arrancaremos reajuste digno e novas conquistas nesta data-base, segundo explicou Edmar Batistela, presidente do Sindicato.
Entre os pontos de pauta na mesa de negociação com os banqueiros, a categoria reivindica PLR maior, Plano de Cargos e Salários (PCS), fim das metas abusivas e do assédio moral, auxílio-educação para todos, garantia do emprego, melhores condições de trabalho, redução dos juros abusivos, combate a terceirização, menos filas e segurança bancária.

Com a pauta de reivindicação elaborada no mês de julho durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários foi entreguem na última semana do mês de julho a Fenaban, os bancários querem reajuste salarial de 11,93% nesta campanha salarial.

Origem do Dia do Bancário

Numa viagem na história, os estudos apontam que a origem do Dia do Bancário ocorreu na vitoriosa greve de 1951, que começou no dia 28 de agosto e durou 69 dias. “Os trabalhadores de São Paulo foram os únicos a manter as reivindicações e não aceitaram a proposta inicial dos bancos de 20%. Acabaram conquistando 31% de reajuste, além de colocar em xeque a lei de greve do governo Dutra e de lançar as bases para a fundação do Dieese.

Dieese – A greve de 1951 trouxe outras repercussões importantes, como a criação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), quatro anos mais tarde. Naquele mesmo ano, por pressão dos bancários, foram refeitos os cálculos da infração oficial do governo, inexplicavelmente, pulando de 15,4% para 30,7%.

No Acre, a história do movimento sindical bancário na década de 1980. Neste período, os bancos presentes no território acreano registraram mais de 2 mil bancários, hoje o setor emprega quase mil profissionais. No final dos anos 1990 o fechamento do Banco do Estado do Acre (BANACRE) contribuiu sensivelmente para o encolhimento da categoria no território acreano.

Redução de posto de trabalho
Se em 1990 havia mais de 730 mil bancários no país, em 2001, eram menos de 390 mil. A retomada do crescimento econômico e a expansão das operações de crédito levaram a categoria ao patamar atual de cerca de 500 mil trabalhadores.

Essa pequena recuperação, no entanto, não faz frente à demanda gerada pela inclusão bancária de milhares de cidadãos, e os bancários sofrem com a sobrecarga de trabalho. Em 1996, cada um era responsável por cuidar, em média, de 83 contas correntes.

No ano passado, eram pelo menos 326 contas cada que, nesse período, passaram de 40 milhões para 162,9 milhões. Diante da alta de 307%, o número de bancários subiu parcos 3,5%.

Passados quase um século de lutas e conquistas os bancários comemoram nesta quarta-feira
(28) data alusiva ao dia nacional da categoria. Na capital acreana, a direção do Sindicato dos
Bancários oferece um café da manhã, a partir das 7h30 horas, no Hotel Pinheiro, para comemorar o Dia do Bancário.

HISTÓRIA DO MOVIMENTO SINDICAL BANCÁRIO

1933 – A conquista da jornada de 6 horas

Nos anos 30, a jornada de trabalho do bancário era das 7h às 19h30 (zonas suburbana e rural) e das 7h30 às 18h30 (centro e zona urbana). As principais bandeiras de luta eram pela criação de uma caixa de aposentarias e pensões; salário mínimo profissional; jornada de seis horas e fiscalização do trabalho. Pressionado pela ameaça de greve da categoria, o governo federal fixa a jornada de 6 horas diárias, inclusive aos sábados.

1934 – Primeira greve nacional dos bancários

Os bancários fazem a primeira greve nacional, paralisando quase todas as capitais do país. Deflagrada dia 6 de julho de 1934, a greve durou dois dias e foi vitoriosa. Além de uma estabilidade aos dois anos de trabalho (que vigorou até 1934, quando a CLT passou a fixar em 10 anos para todos os trabalhadores), no dia 9 de julho o governo criou o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB). Exemplo de administração de pensões, aposentadorias e assistência médica, foi extinto em 1966 pela ditadura militar.

Década de 30 – Luta pela criação do salário mínimo

Além das campanhas de caráter corporativo, os bancários atuam nas lutas pela unidade e participação dos trabalhadores nos rumos do país, organizando a Confederação Sindical Unitária do Brasil, que foi dirigida pelo bancário Spenser Bittencourt. Com todas as dificuldades do momento, a Confederação lidera a luta pela instituição do salário mínimo, negociando com o governo, pressionando políticos, organizando atos e paralizações por todo o país.

1941 – A luta para manter os bancários do BB sindicalizados

Em 1939, o governo Getúlio Vargas, que implantara o Estado Novo dois anos antes, aprova nova lei regulamentando os sindicatos com mais restrições à ação sindical, entre elas acabando com o direito de sindicalização dos funcionários do Banco do Brasil. Os sindicatos vencem a disputa e em 1941 no novo estatuto de enquadramento é mantido a representação dos bancários do BB pelos sindicatos.

1946 – Salário profissional e quadro de carreira

Após prolongadas negociações com os banqueiros, mediadas pelo Ministério do Trabalho, em 1946 os bancários deflagram em todo o país greve por salário profissional e quadro de carreira, reivindicações que vinham da década de 30. São 19 dias de paralisação. Os bancários retomam o trabalho com garantia no emprego e pagamento dos dias parados, aumento geral de 300 cruzeiros (para a maioria dos bancários de bancos particulares representou até 100% de reajuste) e o compromisso do governo de convocar comissão partidária para prosseguir os estudos sobre salário profissional e quadro de carreira.

Década de 50 – Construção da entidade nacional

O V Congresso Nacional dos Bancários, reunido em 1953 em São Paulo, aprova a constituição da Comissão Permanente Nacional dos Bancários, sob a presidência do Sindicato do Rio de Janeiro. É o embrião da entidade nacional, que foi a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec). O Congresso aprovou também o Dia Nacional do Bancário, em 28 de agosto, como homenagem a heroica greve de 69 dias dos bancários paulistas, em 1951.

O VII Congresso Nacional dos Bancários, realizado em Belo Horizonte em abril de 1958, cria a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), que passa a dirigir as lutas nacionais da categoria. É a primeira confederação organizada por trabalhadores e não por decreto governamental. Criadas no congresso anterior da categoria, várias federações de bancários já estavam em funcionamento.

1961 – Unificação da data-base e salário profissional

O início da década de 1960 será fortemente marcado pelo crescimento das lutas de massas e por uma consequente politização destas lutas. Com inflação ascendente e salários comprimidos, os trabalhadores entraram em cena disputando também mudanças no modelo de desenvolvimento, que se materializavam na luta pelas Reformas de Base.

É nesse contexto que é organizada a greve nacional de nove dias dos bancários, de 18 a 26 de outubro, considerada a maior e mais importante paralisação da categoria até aquela data. Os bancários conquistam a unificação da data-base em 1° de setembro, o salário profissional, a comissão de função, o anuênio, reajuste de 40% o pagamento de um abono a partir de janeiro de 1965, pagamento integral dos dias parados e nenhuma punição aos grevistas.

1962 – A conquista do 13° e do fim do trabalho aos sábados

Os bancários participaram em 1962 da criação do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), que tem como vice-presidente o bancário Aluisio Palhano. Neste mesmo ano, em julho, os bancários participam de nova e vitoriosa greve geral, conquistando o 13° salário.
Em 21 de agosto, depois de muita pressão dos bancários, um acordo com os banqueiros extingue o trabalho aos sábados.

1964 – O golpe militar massacra o movimento sindical

Em 1° de abril, os militares depõem o governo João Goulart, impondo o fechamento dos sindicatos, prisão, destituição e demissão das principais lideranças em todo o país. Os sindicatos são invadidos pelos militares e interventores assumem as diretorias.
Para desenvolver sua politica de combate à inflação via arrocho salarial, os militares implantam reajustes salariais por decreto. Em dezembro de 1969, a ditadura decreta o AI-5, que radicaliza as medidas repressivas. Novas prisões, cassações e intervenções nos sindicatos.

O renascimento do movimento sindical

1979
Oposições de São Paulo e Rio de Janeiro vencem eleições e junto com o Sindicato de Porto Alegre, que estava no segundo mandato do campo combativo, passam a estimular oposições em outros sindicatos de bancários. Os bancários decretam greve por reajuste de salário, mas o movimento fracassa, sob violenta repressão policial e intervenção do Ministério do Trabalho em vários sindicatos.

1981
Trabalhadores da indústria, serviços e rurais, vindos de todas as regiões do país, participam da primeira Conferência das Classes Trabalhadoras (Conclat), em Praia Grande, São Paulo. Em plena ditadura, os trabalhadores ali reunidos, independentemente das diferentes visões políticas ou sindicais, definiram como central a luta contra a ditadura, pela democratização do país e pela construção de uma central única dos trabalhadores. Os bancários participaram ativamente e indicaram representantes para a comissão pró-CUT, que foi ali eleita pela unanimidade dos delegados presentes.

1982
Pressão do sindicalismo de luta consegue a reunificação da data-base dos bancários em 1° de setembro.

1983
Participação importante dos bancários na fundação da CUT, no 1° Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizado no pavilhão do antigo estúdio Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

1985
Formação do primeiro Comando Nacional. Encontro Nacional realizado em Campinas aprova greve da categoria em todo país. Os bancários param os bancos de norte a sul, durante dois dias, na maior greve da história da categoria. Bancários da Caixa conquistam à jornada de 6 horas e o direito a sindicalização. Nasce o DNB-CUT.

1986
Bancários conquistam o auxílio-creche, em mais uma greve nacional que parou 500 mil bancários e foi duramente reprimida pelo governo da “Nova República” de Sarney.

1987
Em agosto, na campanha salarial, pela primeira vez o DNB, representando a CUT, apresenta uma pauta de reivindicações aos sindicatos do patronato. A greve “bola de neve” volta a paralisar o sistema financeiro em todo o país, com recuperação de parte das perdas inflacionárias.

1990
Conquista do tíquete-refeição para todos os bancários, ao final de uma greve nacional que durou 13 dias e teve como lema “Esta Primavera Tem que Ser Nossa”, para se contrapor à campanha terrorista do governo, dos patrões e da mídia, que previam um “setembro negro” com paralizações violentas.

1991
Unificação nacional dos pisos salariais. Conquista foi alcançada após uma greve nacional de três dias, que também recuperou as perdas salariais e formou a comissão de Segurança Bancária, o primeiro fórum bilateral para discutir a segurança das agências.

1992
A CNB_CUT assina a primeira Convenção Coletiva de Trabalho, de caráter nacional, com a Fenaban.

2006
Ao final de mais uma campanha nacional unificada vitoriosa, com aumento de salário acima da inflação pelo terceiro ano consecutivo, é assinada a primeira Convenção Coletiva de Trabalho Nacional dos Bancários com participação do Banco do Brasil e da Caixa Federal.

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