Banco comemora lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre, mas avaliação do balanço revela também que a empresa está enxugando o quadro de pessoal e provocando uma precarização das condições de trabalho.
Apesar do resultado positivo – lucro líquido de R$ 3,9 bilhões – os números mostram que o banco continua encolhendo sua participação no mercado bancário nacional, ofertando menos crédito, reduzindo o número de empregados e de postos de atendimento.
A Caixa já é um dos bancos com menos empregados dentre os cinco maiores. Nos últimos 12 meses, foi o banco que apresentou maior queda percentual no número de trabalhadores. Se no final de 2014 o banco contava com 101.484 empregados, hoje está com 84.826 mil, o que implica em 16.558 trabalhadores a menos.
A situação tende a ser agravar: cerca de 3,5 mil trabalhadores aderiram ao atual Programa de Demissão Voluntária (PDV), elevando a redução do quadro de pessoal, em cinco anos, para cerca de 20 mil empregados. “As duas mil contratações anunciadas nos últimos dias pela direção do banco serão insuficientes para resolver o problema de precarização das condições de trabalho e do atendimento à população”, acrescenta Jair Ferreira, presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae).
Além de enxugar pessoal, a Caixa está reduzindo também o número de agências. Entre 2018 e 2019, 23 postos de atendimento foram fechados. Enquanto isso, o número de clientes passou de 92,6 milhões (quarto trimestre de 2018) para 99,3 milhões.
Fonte: Fenae