O Banco Central pretende fechar nos próximos 15 dias todas as agências do Banco Rural, exceto uma localizada em Belo Horizonte. A instituição privada se encontra em regime de liquidação extrajudicial desde o dia 2 de agosto. A decisão foi anunciada pelo liquidante do BC, Osmar Brasil de Almeida, durante reunião ocorrida nesta quarta-feira, dia 11, na capital mineira, com a Contraf-CUT e os Sindicatos dos Bancários de Belo Horizonte, Pernambuco e Alagoas.
O representante do BC recuou das garantias apresentadas pelo chefe do Departamento de Liquidação Extrajudicial do BC, Dawilson Sacramento, em audiência realizada no último dia 3, em Brasília. Ele tinha assegurado que não haveria dispensa de quem estivesse em qualquer tipo de estabilidade.
Dawilson havia dito que os trabalhadores não demitidos teriam seus direitos garantidos da forma como previstos nas convenções e acordos coletivos durante o processo de liquidação, tendo também assegurado o pagamento do acerto de até 150 salários mínimos no momento da rescisão.
Osmar, no entanto, garantiu que o BC vai cumprir o que for incluído na nova convenção coletiva dos bancários, cuja vigência será retroativa a 1º de setembro de 2013.
“Orientamos aos funcionários das agências que serão fechadas que procurem os sindicatos para que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis na defesa de seus direitos”, afirma Carlindo Abelha, secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT.
Também participaram da reunião desta quarta o presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Cardoso, e os funcionários do Banco Rural e diretores de sindicatos Paulo Roberto Barros (Belo Horizonte), Sivaldo Menezes (Pernambuco) e Cícero Matheus (Alagoas).
Ainda esteve presente o assessor do liquidante do BC, Luiz Carlos de Lima.